Elenco de Glow fala sobre a série que é a nova aposta da Netflix

Por: Luan Menezes e Claudia Ciuffo

Personas seriadores!!! Saudades da “Só Seriados”! Finalmente, declarei encerrada as minhas férias rs. E para voltar com tudo, que tal aquela entrevista maravilhosa que só a linda Claudia Ciuffo sabe fazer?

No dia 23 de junho estreou “Glow”, a nova série do Netflix. A série é baseada em eventos reais e conta a história de mulheres no mundo da luta livre feminina dos anos 80. Ruth, uma atriz desempregada que tenta de tudo para realizar o seu sonho de atuar, é capaz de tudo, inclusive uma série semanal sobre luta feminina.

A primeira temporada tem 10 episódios e já estão pensando em uma nova temporada. É claro que a série tem um pegada super cômica o que deixa tudo mais leve e divertido. Nem preciso falar que utilizarem Gretchen e Cadillac para promoverem a série foi maravilhoso! Confira a entrevista feita pela linda Claudinha, ela entrevistou Liz Flahive (“Homeland”, “Nurse Jackie”) – uma das criadoras da série, Allison Brie (Ruth “Zoya the Destroya” Wilder) e Betty Gilpin (Debbie “Liberty Belle” Eagan).

Confiram o trailer e logo abaixo a entrevista.

 

 

Como surgiu a ideia de fazer a série “Glow”?
Liz: Quando eu e minha parceira Carly Mensch, que só não está aqui hoje porque ela acabou de ter um bebê e não pode viajar de avião, vimos o documentário sobre essas mulheres incríveis que praticavam luta livre nos anos 80. A gente já queria fazer uma série com foco no público feminino, e encontramos ali a oportunidade perfeita. Claro, tivemos a sorte da Netflix gostar da ideia e produzir a série com 10 episódios. Tudo se alinhou perfeitamente. Aliás, um dos executivos da Netflix nos EUA é muito fã de luta livre e ele nos ajudou até tecnicamente com o roteiro, foi excelente. Nós trabalhamos nesta história durante 1 ano. A gente queria que o resultado fosse o mais perto da realidade possível.

E vocês, Allison e Betty como se envolveram no projeto? Já eram familiarizadas com luta livre?
Allison: Eu não sabia nada de luta livre, quando recebi o roteiro a primeira coisa que fiz foi goolgar o grupo original, mas mulheres do documentário. E eu achei fascinante, tão anos 80, e eu amo os anos 80, eu cresci nesta década, acho a moda, a música, tudo sensacional. E essas mulheres são o retrato perfeito daquele tempo, eu fiquei boquiaberta e me apaixonei pela história.

Vocês se inspiraram nas personagens originais para interpretarem Ruth e Betty?

Allison: Nosso seriado não é baseado nas mulheres do documentários, nossos personagens são fictícios mas, como na nossa série, é interessante ver aquele grupo de atrizes, sem experiência nenhuma em luta livre, que receberam a proposta de fazer parte daquele projeto louco, e o fundamento da nossa série é o mesmo, então eu assisti ao documentário e aos episódios da série original para ter um embasamento. Quase como pedir uma autorização pra elas para fazer a Ruth de uma forma real, divertida, e emotiva.

Liz: Quando você coloca os atores num ring pra lutar a perspectiva deles mudam, é um espaço diferente pra todo mundo, abre mil possibilidades. O próprio ator vai trabalhar lados da personalidade dele ou dela que nunca fez antes. E este era o nosso objetivo também, tanto quando estávamos selecionando o elenco, nós deixamos bem claro que queríamos atores que não tivessem medo de correr riscos e mais que isso atuar fisicamente, usar seu corpo de forma intensa, eu acho que o ring foi a maior influência no elenco desta série.

Betty: Eu era chamada pra fazer teste de elenco para personagens mais sensíveis, mulheres frágeis e eu dizia pro meu empresário que eu era muito alta e muito grande e desengonçada para este tipo de personagem. Aí quando eu li este roteiro, caiu como uma luva, porque no ring é bom ser grande e desengonçada e ao mesmo tempo eu tenho cenas que posso trabalhar a minha emoção, é o balanço perfeito, é uma série tão realista, a gente tem que se mostrar, eu adoro, porque este tipo de interpretação é a minha praia, por isso inclusive que fiz teatro tanto tempo.

Geralmente os personagens femininos são muito esteoriotipados na TV e no cinema, e as atrizes, como a própria Ruth no primeiro episódio de “Glow” sofrem com isso, como vocês pretendem abordar esta temática?

Liz: Sim isso acontece na indústria, e foi um dos motivos que achamos esta história tão bacana porque teríamos a oportunidade de desconstruir este conceito e dar a oportunidade a um grupo de mulheres a interpretarem personagens totalmente fora do estereótipo, mas na realidade, o que queremos mesmo não é contar uma história sobre homens ou mulheres, mas contar uma bela história.

Allison: Verdade, eu acho que isso é o mais importante mesmo, e vocês sabem que nem trabalhei mais depois de “Glow”?! Risos! Porque foi um projeto tão legal, tão importante pra minha vida, como atriz e como pessoa mesmo, explorei tanto vários limites, que depois ficou difícil achar um personagem à altura, mas não só porque é uma história sobre mulheres, mas especialmente porque é uma excelente história.



Como foi o treinamento de luta livre para gravar as cenas, parece fácil, mas não é né?

Betty: A gente começou a treinar mais ou menos um mês antes de gravar, todas nós, 14 mulheres, e eu e Allison treinamos a nossas cenas também. Mas é um processo desafiador mesmo, eu fiz teatro e estou mais que acostumada com as críticas, mas lembro que tinha acabado de fazer um movimento todo especial e o treinador virou e falou, foi fraco, tem que fazer tudo de novo. Risos!!! Bom, eu achando que estava ótima e ele me acordou pra realidade, repeti várias vezes, até sair certo, não é fácil mesmo.

Allison: Aliás, eu acho que nenhuma de nós nunca achou que seria fácil, mas acho que todo mundo, eu pelo menos, estava ansioso para aprender a luta livre. Mas foi muito treinamento mesmo, e agora que a gente acha que sabe vem a segunda temporada e vai complicar ainda mais, a ideia é a luta evoluir e a gente tem que aprender mais movimentos.

Betty: Mas o interessante é que a gente se sente uma criança, sabe? O desafio é tão grande que a gente acha que nunca vai conseguir aprender direito certos movimentos, que nosso corpo não vai conseguir fazer isso ou aquilo, mas na hora H, a gente consegue, e como as crianças vibram por cada conquista.

Allison: Exatamente, e o melhor é que na luta livre a gente trabalha com a estrutura do nosso próprio corpo, os movimento são adaptáveis de acordo com a nossa altura e também com o corpo de quem esta lutando com a gente. É sensacional, porque a gente faz coisas que nunca pensou antes.

Antes de terminar esta entrevista, eu tenho que falar da trilha sonora, eu cresci nos anos 80, a escolha das músicas foi perfeita, me emocionou e me divertiu. Como foi para vocês?

Liz: O nosso supervisor musical é genial, porque a gente não queria que fossem escolhidas só as músicas mais populares dos anos 80, a gente queria mesmo a alma dos anos 80, a emoção, que tem haver com o visual do show também.

Allison: Eu acho que a fotografia da nossa serie lembra muito mais os filmes do que as series dos anos 80, assim como a trilha sonora, acho que ficou mesmo especial. Eu também cresci nos anos 80 e me identifico com as músicas, elas ajudaram a enaltecer cada momento da nossa história.

Por último deixo o super vídeo da Gretchen e Cardillac para promoverem a série no Brasil.

Um super abraço e até mais pessoal!
XOXO @Lmennezes

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *