Rock in Rio: Dividindo a experiência de curtir o festival

Por: Poliana Veneziano

Setembro é o mês do maior festival de música do mundo, que acontece a cada dois anos em solo brasileiro, ou melhor, carioca. É o Rock in Rio! Criado em 1985, o evento celebrou em 2017 sua 17ª edição que aconteceu no Parque Olímpico da Barra, na Cidade Maravilhosa, terra da nossa querida Claudinha.

Eu sempre tive o sonho de ver e sentir na pele a magia de um evento dessa magnitude, com músicos incríveis e uma estrutura fenomenal. Me arrependi de não ter ido nas duas últimas edições, principalmente por perder os shows do Justin Timberlake e da Rihanna. Eis que é anunciado o line up da edição de 2017 e quem seria o headliner do primeiro domingo? Ele mesmo, Mr. Timberlake, meu ídolo de adolescência, e um dos artistas mais completos da atualidade. Eu não podia perder essa chance, não com JT no meu país!

A compra de ingresso foi uma loucura e com os ingressos no carrinho perguntei se a Yas não queria ir comigo. E a resposta? “Ai Poliana, só você, vamos!” E foi dada a largada para essa aventura incrível! <3

Mais próximo ao evento conseguimos comprar ingressos para o sábado, e ver de pertinho Shawn Mendes, meu queridinho desde os tempos do Vine, então a sorte estava do nosso lado.

Enfim, vamos falar sobre o festival?!

Sábado – 16/09/2017

Ficamos hospedadas em Copacabana e utilizamos o combo metrô+BRT para ir ao Parque Olímpico nos dois dias do evento, tudo funcionou muito bem para ir, mas a volta era um caos, o que nos levou a escolher um táxi no domingo.

Chegando lá, um mar de gente. No sábado foram confirmadas pela produção do evento o total de 120 mil pessoas. Era gente demais e por isso a experiência não foi 100%. As filas para comprar comida eram grandes e ir ao banheiro também, na hora de assistir aos shows a muvuca assustava, mas tudo bem.

Skank entrou no Palco Mundo e tudo passou, que show! Os mineiros sabem como levantar uma plateia, todo mundo foi à loucura e ouvir músicas que nos acompanharam pela vida foi incrível. A pontualidade do evento realmente é um ponto a se destacar, os atrasos eram de no máximo 5 minutos, muito bacana para um evento dessa magnitude, respeito a quem estava lá!

 

 

Com o fim do show deles, Shawn ficava mais perto, e de fato o público mais animado era justamente do canadense. Conseguimos ficar “mais perto” do palco, o que ainda assim é longe considerando o tamanho daquele lugar, mas estava ótimo. Não havia empurra-empurra, no geral tínhamos um espaço considerável para nos mexer, o que era surpreendente.

Quando as luzes se apagaram e as notas indicavam que “There’s Nothing Holdin’ Me Back” seria a primeira música escolhida, fomos à loucura. Lá do fundo do palco aparece ele, menino lindo, com um sorrisão de orelha a orelha e cheio de talento. Sua carinha de felicidade retratava a realização de estar ali ouvindo todo mundo cantando junto a sua música de trabalho, bem no estilo Brasil de ser.

 

 

A setlist misturou músicas do último CD e do primeiro, lançado em 2015, contando com “Stitches”, “Life of The Party”, “Lights On”, “Mercy”, “Bad Reputation”, “Ruin”, entre outras. Em diversas horas ele tirava o retorno, que músicos usam no ouvido para escutar sua voz de forma limpa, pra ouvir a platéia gigantesca gritar cada palavra de suas músicas. A emoção tomava conta de todo mundo, dava pra sentir.

Com palavras de amor e carinho, o talentoso menino de 19 anos deixou o palco e a plateia extasiada. Foi definitivamente um show para se guardar no coração.

Depois disso, o cansaço já apertava, assistimos de longe o show da Fergie que, na minha opinião, deixou a desejar. O ponto alto com certeza foi quando Pabllo Vittar subiu ao palco para cantar “Na sua Cara”, era o Brasil gritando em defesa da diversidade, foi lindo.

 

Maroon 5 foi o próximo e assistimos apenas metade do show para conseguir voltar de metrô sem muitos problemas, um show correto, mas não deu pra sentir toda a empolgação dos artistas que vieram antes, talvez porque eles já estejam acostumados com a nossa vibe.

 

 

No geral o saldo do primeiro dia foi: que canseira e que showzaço do Shawn! A quantidade de pessoas prejudicou muito nossa experiência, não se podia negar e o medo de não aguentar um segundo dia era real.

 

 

Domingo – 17/09/2017

Como no dia anterior, chegamos ao Parque Olímpico de metrô e BRT, só que dessa vez mais cedo, pelas 16h, e conseguimos conhecer toda a estrutura e atrações fora do Palco Mundo que o evento disponibilizava. Foi um outro festival, dessa vez com 80 mil pessoas, muito menos do que a noite anterior e um público mais tranquilo e mais velho.

Nossa primeira parada foi o memorial da Olimpíada, que trazia logo na entrada as medalhas olímpicas e paralímpicas dos jogos do ano passado. Lindo e emocionante ver as siglas BRA ao lado de medalhas das mais diversas modalidades.

Partimos então para o Game XP, que além de jogos de videogame e realidade aumentada, tinha uma exposição especial da NBA, participação de jogadores da Liga Americana de Basquete por videoconferência e uma lojinha mara, que a Yas aproveitou!

Dali fomos conhecer a área dedicada à África, com palco exclusivo e diversas lojinhas dos parceiros do festival. As vozes dos cantores africanos ecoava no lugar, era arrepiante e lindo!

Seguindo, chegamos ao Rock District, área dedicada às memórias do festival, com calçada da fama, parede com as mãos de diversos artistas que passaram por ali e mais um palco dedicado ao Rock in Rio, além de diversas ativações de marcas, Palco Amazônia, Montanha Russa e opções de alimentação.

Um ponto bacana de festivais são as ações das marcas patrocinadoras, eu como publicitária piro e super valorizo. A Coca-Cola tinha um palco montado que explorava a interação da plateia e também uma ação em parceria com o Bob’s que te dava um copo exclusivo se você comprasse o refrigerante, o que já é uma lembrança bem bacana. O mesmo rolava pra RedBull, no Habib’s também, e eu achei ótimo. O Itaú também tinha um palco e a famosa Roda Gigante, plano de fundo pra diversas fotos, porém com uma fila desumana pra agendar um horário.

E quando anoiteceu, foi a hora de esquentar o Palco Mundo para o grande headliner da noite, JT! A festa começou com Frejat e suas músicas unânimes que agradam todo mundo. Foi um ótimo show, sucessos como “Bete Balanço”, “Ideologia”, “Segredos”, “Por Você”, “Puro Êxtase”, entre outras.

 

 

Depois foi a hora da banda Walk The Moon subir ao palco, com toda a sua energia. Mas confesso que achei eles meio deslocados, a grande maioria do público só conhecia o sucesso “Shut Up and Dance”, única música que de fato agitou a multidão.

 

 

Então veio a rainha da noite, Alicia Keys. Toda trabalhada no brilho e com zero maquiagem, a novaiorquina arrepiou a todos com a sua voz impecável, carisma incrível e músicas memoráveis. Com diversas frases em português, parou o festival cantando os seus sucessos e conquistou diversos fãs naquela noite. A voz de fato impressiona, e confesso que mesmo já esperando um showzaço, superou todas as minhas expectativas. Ao meu ver, é uma das melhores cantoras da atualidade.

 

 

E chegou a hora, a hora de realizar mais um sonho e de ver ao vivo um dos meus maiores ídolos, as mãos tremiam, os olhos estavam cheios d’água e ainda que eu não tenha achado “Only When I Walk Away” a melhor escolha para abrir um show, lá estava ele, Mr. Justin Timberlake. Em carne, osso, vocais perfeitos, sorriso lindos e passinhos de dança. Que homem!

 

 

Todo mundo foi à loucura, em “Suit and Tie” ele deu suas primeiras palavras com o público e estampou um sorriso que permaneceu ao longo daquela noite toda. Mesmo sem estar em turnê com o The Tenessee Kids há um tempo, JT estava mais em forma do que nunca, e a felicidade no rosto de cada um naquele palco enorme era contagiante.

Passando por “Don’t Hold The Wall”, “Future Sex Love Sound”, “My Love” e dando até uma palhinha de “TKO”, que não estava na setlist mas foi muito pedida pelo público. E falando em pedidos do público, ele até desceu do palco pra tirar foto com uma fã que fazia aniversário naquele dia, fofíssimo e atencioso.

O show continuou com “Summer Love”, “Señorita”, “Let the Groove Get In”, quando estimulou todos dançarem e mostrarem o rebolado brasileiro, partindo para “Drink You Away”, “Love Stoned”, “What Goes Around Comes Around”, “Rock Your Body”, entre outras.

 

 

Ele fazia questão de olhar nos olhos dos fãs, responder os gestos de amor e se entregar àquele show, valorizando cada um que estava ali esperando por esse momento, já que já passava da uma hora da manhã. “Can’t Stop The Feeling” agitou geral, fazendo todo mundo pular e dançar e então, veio “Mirrors”.

 

 

Que música, que emoção! Com os olhos mareados, ele e nós encerrávamos essa participação no Rock in Rio 2017. As repetidas palavras de amor ecoavam no Parque Olímpico, um sentimento de gratidão e emoção. Ele chorou, eu chorei.

Foi lindo e já queremos o próximo. Até 2019!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *