Esther Day: Tempo de espalhar mensagens de amor

Esther Earl foi uma jovem guerreira que inspirou John Green a escrever “A Culpa é das Estrelas”. Antes de partir deste mundo aos 16 anos de idade, vítima de um câncer de tireoide, John que era amigo pessoal de Esther, perguntou a ela como ela gostaria de ser lembrada, e Esther pediu que no dia de seu aniversário, hoje, 3 de agosto, todos separassem um tempinho para declarar o seu amor aos familiares e amigos. Pedido feito e atendido há 6 anos, não só por aqueles que conheceram Esther intimamente como por pessoas de todo o mundo.

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Nós celebramos o “Esther Day” no Hollywood é Aqui desde que conhecemos a vida de Esther através de seu livro “A Estrela Que Nunca Vai se Apagar”. Ano passado ainda tive a honra de entrevistar Lori Earl, sua mãe, em homenagem aos 3 anos do nosso site:

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Mas este ano, nosso “Esther Day” será comemorado de forma especial. Amo com força a minha família e todos os meus amigos, mas vou aproveitar esta oportunidade e declarar minha profunda admiração a quatro mulheres que conheci recentemente: Elizabeth Ramirez, Cassandra Rivera, Kristie Mayhugh e Anna Vasquez. Elas me foram apresentadas através do documentário “Southwest of Salem”, da diretora Deborah S. Esquenazi. E também tive a honra de conhecê-las pessoalmente em Los Angeles.

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Essas quatro amigas latinas e lésbicas passaram quase 20 anos na prisão, acusadas injustamente de terem estuprado juntas duas crianças, sobrinhas de Elizabeth, na cidade de San Antonio, no Texas. Infelizmente, a história delas é um retrato de um “tipo de câncer” que poderia ser evitado até por que este as pessoas contraem por opção: a homofobia, que significa: “aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas, ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais”.

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Você não precisa assistir muito tempo do documentário para saber que as quatro acusadas são inocentes. Existem mais provas que o crime nunca aconteceu – incluindo o depoimento de uma das sobrinhas de Liz, que teoricamente tinha sido uma das vítimas do estupro na infância, hoje adulta, afirma que as acusações foram falsas, na verdade, como ela mesma fala, seu depoimento e de sua irmã na infância foram manipulados pelo pai delas, ex-cunhado de Elizabeth, e pela avó paterna, para acusar Liz e as amigas deste crime inexistente – do que provas concretas de que as crianças tivessem sido de fato estupradas ou que as quatro mulheres, então jovens de 19/20 anos, tinham motivos para serem presas e passarem a sua juventude encarceradas por quase 2 décadas.

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O pior é que o pesadelo que começou em 1997, logo após as amigas passarem um final de semana tomando conta das sobrinhas de Elizabeth, ainda não acabou.

Depois de muita luta, as quatro foram soltas, mas ainda não foram exoneradas das acusações. Para virem a Los Angeles, ou se ausentarem das redondezas da cidade em que moram, elas precisam de uma autorização judicial. Mas o pior mesmo é que o juiz responsável pelo caso, mesmo diante de todas as evidências a favor das acusadas, recomendou ao Supremo Tribunal que elas fossem julgadas novamente pois, segundo ele, as evidências da inocência, ou melhor inexistência do crime, ainda deixam a desejar.

Em suma, além de serem acusadas de um crime que nunca de fato aconteceu, Liz, Anna, Kris e Cassie ainda vivem sob pressão, com a possibilidade de terem que voltar para a prisão:

Como a própria Elizabeth me falou: “eu não consigo fazer a minha vida andar, nenhuma de nós, enquanto não tivermos certeza que estamos livres. O máximo que fazemos é viver cada dia e dedicar o máximo de tempo possível às nossas famílias.”

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Eu vou publicar a minha entrevista com elas na íntegra, em breve. Mas neste “Esther Day”, um dia dedicado ao amor, eu convido vocês para embarcar na luta contra a injustiça que essas mulheres latinas e gays, que representam tantas pessoas não só nos EUA como no Brasil e pelo mundo afora, ainda sofrem assistindo ao trailer deste documentário fantástico.

 

 

Conhecer essas quatro mulheres de San Antonio, Texas e divulgar este filme é um passo que podemos dar para tirar o poder dos preconceituosos, e transferir este poder para gente como nós que sabe a importância do amor na transformação da humanidade.

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Anna, Liz, Kris e Cassie pagaram com sua liberdade e sua paz de espírito por um crime inexistente, por serem quem são, por amarem uma pessoa do mesmo sexo. E só a ideia delas estarem correndo o risco de voltar para a prisão por isso me assusta. Mas acredito que juntos podemos unir forças e, através das redes sociais e do uso das hashtags sugeridas pelos produtores e pela diretora deste documentário, contar ao mundo que elas não estão sozinhas nesta luta. Um caso desses pode e deve tomar grandes proporções para que situações como esta passem a ser evitadas nos EUA e no mundo.

Em homenagem a Esther, que é uma estrela de amor e vai iluminar as quatro guerreiras de San Antonio, conheçam esta história e participem da campanha pela isenção de Anna, Liz, Kris e Cassie. Saiba como:

http://www.southwestofsalem.com/actnow

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http://www.southwestofsalem.com/about-2/

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