Autênticas, Imperfeitas, Lindas, Competentes. Ah… as Mulheres!

Esta foi a declaração emocionada,  entrevista ao ET, de Karen Lawrence,  mãe da jovem atriz Jennifer Lawrence, enquanto segurava mais um dos prêmios que a filha havia acabado de receber pelo sua atuação no filme “Silver Linings Playbook”. (O Lado Bom da Vida). Ainda não tive o prazer de conhecer Jennifer Lawrence, nem de entrevistá-la, mas graças aos meus anos de experiência trabalhando na indústria do entretenimento no Brasil e em Hollywood e depois de assistir e ler um número considerável de entrevistas concedidas pela atriz para escrever esta matéria, me sinto confortável em afirmar que J LAW, como é chamada pelos amigos, é diferente da maioria das pessoas que passam pela experiência do estrelato.

 

O seu talento é indiscutível e foi logo reconhecido pela Academia quando Lawrence aos 20 anos de idade foi indicada para o Oscar de melhor atriz pelo seu trabalho no filme “Winter’s Bone” (Inverno da Alma). E a consagração absoluta veio este ano, graças à viúva Tiffany, seu personagem em “Silver Linings Playbook”, filme do prestigiado diretor David O Russell, um dos favoritos da atriz. Só deu Jennifer Lawrence na “2013 Award’s Season”, como é chamada a temporada de premiações em Hollywood. Ela ganhou Oscar, Golden Globes, SAG (prêmio do sindicato dos atores, que a deixou muito feliz pois foi votada pelos colegas de profissão), o Independent Spirit Award and Satellite Award, o Critics’ Choice Awards e recebeu de seu par romântico no filme, o ator Bradley Cooper, também indicado ao Oscar de melhor ator por “Silver Linings Playbook”, o LA Film Critics Association Awards. Ninguém melhor que o próprio Bradley, que pediu para entregar o prêmio à Jennifer para definir a atriz:

Se “Silver Linings Playbook” colocou Jennifer no hallda fama entre as atrizes da indústria cinematográfica mais premiadas, graças a um personagem, foi interpretando Katniss, no filme “The Hunger Games” (Jogos Vorazes), que Jennifer virou a heroína da audiência jovem. O primeiro filme da trilogia baseada nos livros de Susan Collins foi um sucesso de bilheteria e a atriz ganhou muitos fãs adolescentes pelo mundo a fora, especialmente no Brasil. Faz tempo que sou fã do trabalho dela, mas, na verdade, foi a postura, o discurso e a sinceridade de Jenn durante as muitas vezes que subiu ao palco para pegar suas estatuetas que me chamou atenção. Foi por isso que escolhi falar da Jennifer Lawrence hoje, 8 de março, data importantíssima, pois comemoramos o Dia Internacional da Mulher.

Sabemos que a vida de uma mulher do século XXI não é fácil, são muitas responsabilidades: ter que se dividir entre a família e a carreira, às vezes tendo que optar apenas por um caminho. Viver a sua independência e um relacionamento amoroso bem sucedido. Ser linda, inteligente, e atender às expectativas de todos que estão ao seu redor. Fazer dinheiro, ser durona, mas ao mesmo tempo dócil e feminina. A pressão e o medo do fracasso são tão grandes que causam problemas com auto estima, trazendo à tona muitas inseguranças no dia a dia da mulher moderna. E neste sentido acho que Jennifer Lawrence, no auge de sua juventude, tem muito a ensinar, mesmo sem querer ser modelo de nada. É nítida a diferença dela, especialmente no ambiente glamouroso em que vive, a sua simplicidade e autenticidade colocam ela em destaque.

 

Em um mundo que as mulheres são capazes de se ferir ou ir contra as suas próprias filosofias de vida, para disfarçarem as imperfeições e esconderem os medos a fim de atenderem as pressões sociais, Jenn mostra que a sinceridade tem muito valor. Ao escorregar na escada quando subia ao palco para pegar o Oscar, Lawrence age com desenvoltura e comenta o incidente em seu discurso: “vocês estão me aplaudindo de pé porque eu caí, não é? Realmente foi uma vergonha.” E ri. E quando é mal interpretada,como em seu discurso de agradecimento no Golden Globes, que ela falou: “derrotei a Meryl.” (se referindo à atriz Meryl Streep também concorrente na categoria), resolve o mal entendido de forma bem humorada: “Era apenas uma referência ao filme “The First Wives Club” (O Clube das Desquitadas), fala Jenn no famoso talk showdo David Letterman.

 

Jennifer Lawrence é uma mulher que ganha prêmios e “paga micos”, confessa que, em cada entrevista que dá, treme na frente de Jack Nicholson, seu ídolo, quando ele a cumprimenta nos bastidores do Oscar. Não faz dieta e fala abertamente do que  e que as refeições na fazenda de seus pais em Kentucky têm frango, peixe e carne, os Lawrence gostam de comer de tudo um pouco. Confessa que não gosta de LA por conta do assédio da mídia, mas reconhece a sorte que tem em trabalhar com o que gosta e não reclama, essa é a consequência da profissão. Diz que e atriz porque adora mentir, o que faz muito bem. E conta que aceitou fazer “The Hunger Games” quando sua mãe a chamou de hipócrita (a atriz não queria fazer o filme pois é uma produção de um grande estúdio, apesar de gostar do personagem, roteiro e diretor, ela tinha uma filosofia de só fazer filmes independentes. Quando sua mãe soube disso lhe chamou a atenção. Ela obedeceu e aceitou o personagem, para nossa sorte!).

Apesar de ainda nao conhecê-la, vou acreditar nas palavras de Karen Lawrence e Bradley Cooper sobre J LAW, sim eles são suspeitos, mas meu sexto sentido diz que essa moça é do bem, e acredito que sua transparência encantadora sirva de inspiração para as mulheres de todas as gerações, classes sociais, culturas, que todas possam perceber que o verdadeiro glamour esta em nossa própria essência como seres humanos maravilhosos que somos, e cá entre nós, só o fato de sermos mulheres já deve nos orgulhar e muito.

Feliz Dia Internacional da Mulher!


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