Deadline Contenders: Bradley Cooper e elenco falam sobre o processo de construção de Maestro

O melhor de “Maestro” foi reencontrar o querido e talentoso Bradley Cooper, que escreveu, dirigiu, atuou e produziu o filme disponível na Netflix, que conta a história real da vida e carreira do compositor, músico e pianista Leonard Bernstein (interpretado por Cooper), responsável pela composição da trilha sonora de musicais aclamados da Broadway, como West Side Story, Peter Pan e Candice. O longa foca na sua relação com a atriz de TV e teatro Felicia Montealegre (Carey Mulligan), que se iniciou quando os dois se conheceram em uma festa, em 1946, passando pelo primeiro noivado do casal – que foi desmanchado – até chegar ao seu casamento de, ao todo, 25 anos de duração, que trouxe três filhos ao casal.
Fonte: AdoroCinema

 

Eu adoro o Bradley, não só como ator, mas como artista. Sem contar que ele é uma simpatia, um fofo. Já tive a chance de encontrá-lo em alguns eventos e o amor que tem pelo seu trabalho, assim como o carinho pelo público, são inspiradores.

“Maestro”, mais que outros filmes na corrida do Oscar nessa temporada de premiações, é uma experiência cinematográfica. Para ser bem sincera, eu não amei o roteiro não, mas eu gostei que a primeira parte do filme é em preto e branco, e o momento que passa a ser colorido marca uma virada na narrativa, que faz todo o sentido. Além disso, a trilha é lindíssima, não só por conta da música de Lenny, mas de uma forma geral. Isso sem contar que o filme viaja por várias décadas e a passagem do tempo, assim como o “envelhecimento” dos personagens, é toda visual. Ficou lindo na telona.

 

 

De qualquer maneira, para mim o auge foi ficar frente a frente com Bradley novamente e Carey (que encontrei em dois eventos esse ano) e Matt Bomer, pela primeira vez no Deadline Contenders, em LA. Nada mais precioso para uma cinéfila como eu do que ouvir o processo de fazer um filme desse porte, dos próprios artistas envolvidos na produção.

Confira os destaques do bate-papo abaixo:

 

E, fica a dica para quem tiver a chance de assistir “Maestro” no cinema, vale o investimento financeiro e o tempo no que chamo de “meu templo sagrado”.

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Bradley Cooper – roteirista, diretor e protagonista

“Os filmes que me fizeram me apaixonar pela arte do cinema foram aqueles que não pareciam que tinham uma câmera nas cenas, e a experiência com ‘Maestro’ me deu essa sensação, a gente estava vivendo a história, não parecia que estávamos em um set, filmando. Realmente mudou a minha vida.”

“Os filhos de Lenny e Felicia (Leonard Bernstein e Felicia Montealegre Cohn Bernstein) apostaram em mim quando eu compartilhei a minha visão para fazer o filme. Na época, eles ficaram meio chocados porque eu disse a eles que queria contar a história da mãe deles, a base do filme é a Felicia, personagem brilhantemente interpretada por Carey Mulligan (aponta para ela que estava ao seu lado). E o que me deixa aliviado é que eles gostaram e aprovaram o resultado.”

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“Foi muito especial para mim contar com a colaboração desses artistas (apontando para Carey e Matt Bomer) que se dedicaram de corpo e alma ao projeto durante tanto tempo. Eles mergulharam nessa aventura comigo. Carey participou de eventos e ensaios, sem ganhar nada durante os anos de preparação. Na cena que eu apresento a Felícia ao David Oppenheim (interpretado por Matt Bomer, David tinha um relacionamento amoroso com Lenny, que era bissexual) não tem diálogo. Eu estava dirigindo a cena e fizemos os close deles. Esses dois atores são tão brilhantes, que realmente não precisavam falar nada, estava tudo no olhar. Eu queria gritar e vibrar, mas não podia para não estragar o take. Mas tenho que atestar o talento desses artistas.”

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“Eu não queria fazer um filme sobre a vida do Lenny, porque já foram feitos muitos, inclusive ótimos documentários. Por isso, eu queria focar na história de amor dele e da Felícia. Ao mesmo tempo, era essencial pra mim ser fiel à figura dele, a maquiagem foi um processo fascinante e muito delicado. Também quis incorporar a sua música, claro. Aliás, eu não tinha ideia a que conduzir uma orquestra era tão difícil, tão complexo. Foram anos e anos de preparação e admiro ainda mais esses profissionais. Foi um desafio grande e maravilhoso. Ainda tivemos a chance de filmar nas locações onde a história aconteceu. Os filhos deles abriram a casa pra gente. Foi um sonho realizado.”

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Carey Mulligan

“O Bradley me convidou para participar do filme em 2018 e a única coisa que ele me pediu foi para que eu desse tudo de mim. E, acreditem, ele fez o mesmo. Eu nunca vi alguém se preparar tanto, como ator, para fazer um filme. Pra mim foi fácil mergulhar na pesquisa, porque a Felicia é um personagem tão fascinante, foi uma mulher tão fascinante, que eu queria saber mais e mais sobre ela, que mudou para Nova York porque queria ser atriz. Então, eu fui ao Chile, conversei com a família dela, pessoas que a conheciam, foi muito especial. Eu queria fazer jus àquela pessoa ímpar e à relação dela com o Lenny e com os filhos, amigos, com seu trabalho. Foi um processo prazeroso.”

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“Eu nunca tinha tido tanto tempo para me preparar para um filme. Realmente essa experiência foi única e diferente de tudo que fiz antes, em todos os sentidos. Um presente.”

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Matt Bomer

“Eu lembro que quando conversei com o Bradley sobre esse projeto, ele me disse que eu estaria em cena, mas não ia parecer que eu estava atuando. Eu, pensei, como assim isso vai acontecer? Mas a sensação foi exatamente essa, graças à forma única e eletrizante, a energia com o que o Bradley conduziu o set. A mesma energia que Lenny conduzia a sua orquestra. Foi uma experiência incrível.”

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