Quando eu descobri que existe um clube de café da manhã, em Los Angeles, que se reúne 1 vez por semana (todas às quartas), entre 7 e 9 horas da manhã há mais de 100 anos, no “Auditório da Amizade”, próximo a Los Feliz, eu não resisti e me senti obrigada a conferir.
O Los Angeles Breakfast Club (LABC), foi fundado em 1925 por empresários e cavaleiros que gostavam de andar a cavalo no Griffith Park, que fica próximo ao local onde o evento acontece até hoje.




O grupo se reunia inicialmente para o café da manhã após os passeios a cavalo matinais, evoluindo para um encontro semanal com palestrantes e músicos.
O LABC é conhecido por suas tradições peculiares, incluindo um aperto de mão secreto e o uso de um cavalete chamado “Ham the Horse” para iniciações de novos membros.




O café da manhã é aberto para convidados, com isso fiz a reserva no site (o evento custa US$ 32, aproximadamente R$ 160,00), coloquei o despertador para 5:30 am e parti para a aventura, que fica a aproximadamente 20 minutos de carro da minha casa.
Além do café da manhã buffet, toda semana o evento celebra um ícone Angeleno (natural de Los Angeles), que varia de parque de diversões a personalidades do entretenimento, passando por qualquer forma de arte que represente a cidade.





No dia que eu fui, o convidado foi o fotógrafo Robert Landau, que compartilhou detalhes da sua carreira, promoveu seu novo livro Art Deco Los Angeles e também falou sobre o processo de produção do seu livro mais famoso, “Rock ‘n’ Roll Billboards of the Sunset Strip”.
A gente não pode fotografar ou filmar o evento em si, pois os membros do LA Breakfast Club gostam de manter suas tradições em segredo. Mas rolam vários rituais, uma coreografia com alongamento, um hino, muita música, cumprimentos e bate-papo. Tem tantas atividades que esquecemos que é tão cedo.



O auditório é grande, a decoração das paredes e mesas também celebram Hollywood, as várias regiões e a cultura da cidade.
Eu fui sozinha e três amigas, que não são membros, mas frequentam o evento há alguns anos, sentaram ao meu lado e puxaram papo. Muito simpáticas, compartilharam comigo suas experiências, em dias anteriores.

Agora, o ponto alto foi assistir a cerimônia de batismo de um novo membro do clube, um ritual de iniciação um tanto peculiar. Só vendo pra crer mesmo. Não vou dar spoilers, porque nesse café da manhã a surpresa é o que torna o programa mais divertido. Mas, já adianto que é um clube de estadunidenses de diferentes idades, mas, essencialmente, brancos, ou seja, o evento representa a Los Angeles colonizada, não os indígenas e mexicanos, os verdadeiros donos da terra, mas a mesma classe privilegiada dos fundadores que passeavam com seus cavalos na área há 100 anos.


De qualquer forma, eu curti e achei que valia a pena compartilhar a dica pra galera que gosta de fazer programas que não estão nos guias tradicionais de turismo local, e só os moradores, nessa caso uma parcela restrita deles, conhecem.

Uma coisa eu garanto, foi uma injeção de energia positiva no meu dia, que rendeu mais que o normal. Valeu a pena conferir!
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