Nickel Boys traz horror e sensibilidade com tomadas em primeira pessoa

“Nickel Boys” já tinha sido eleito pelos críticos um dos melhores filmes de 2024, quando eu assisti no início da temporada de premiações, em setembro do ano passado. E, olha, me impactou profundamente. O plot é relevante e a escolha do diretor em colocar a câmera nos atores principais para acompanhar o ponto de vista deles, faz com que a crueldade da estória seja ainda mais perturbadora. Uma obra cinematográfica como poucas.

 

 

A forte amizade entre dois jovens pretos é o centro gravitacional de “Nickel Boys”. O filme baseado no romance de mesmo nome, vencedor do Prêmio Pulitzer, acompanha a aliança entre Elwood (Ethan Herisse) e Turner (Brandon Wilson), dois adolescentes que são enviados para um brutal reformatório juvenil na Flórida, no ápice da implementação das leis segregacionistas de Jim Crow. A forte irmandade criada entre os dois forja um refúgio de esperança e carinho em meio aos horrores e às violências sofridas dentro e fora da detenção. Enquanto Elwood cultiva em Turner uma nova e mais otimista perspectiva do mundo, Turner conhece a realidade desse mundo bárbaro e ensina a Elwood os truques necessários para sobreviver. Tudo isso tendo como pano de fundo o notável e iminente Movimento pelos Direitos Civis encabeçado por Martin Luther King, de um lado, e Malcolm X, do outro. Com um estilo inovador e uma história emocionante, “Nickel Boys” traz um retrato sensível de um Estados Unidos cruel e racista que ainda se confirma no presente. Fonte: AdoroCinema

 

 

As performances são excelentes e a estória, embora fictícia, é baseada em um reformatório para meninos, na Flórida, onde crianças, a maioria pretas, apanharam, foram abusadas sexualmente e assassinadas. A Dozier, conhecida anteriormente como Reformatório da Flórida, era basicamente um campo de concentração que funcionou até 2011.

O maior horror é saber que essa não é uma história do passado e sim, uma história muito atual.

 

 

O filme mostra a dura realidade do reformatório, a dor, a ansiedade, ao mesmo tempo captura a esperança, a sensibilidade e os sonhos desses jovens rapazes. Aunjanue L. Ellis está sensacional como a avó Hattie. Sua atuação autêntica cortou meu coração.

 

 

Eu fiquei muito contente em saber que o filme não foi só reconhecido por críticos e jornalistas, mas recebeu indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar, na categoria melhor filme e melhor roteiro adaptado.

 

 

Eu não li o livro, mas pela opinião dos fãs e profissionais, o filme superou as expectativas. Sinceramente é uma aula de cinema, com uma fotografia inovadora. Sensacional!

 

 

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