Nossa celebração pela vitória de Ainda Estou Aqui na cerimônia do Oscar

O Brasil ganhou um Oscar! Sim, pela primeira vez na história, a estatueta de ouro mais prestigiada do cinema mundial é nossa! Muita gente não sabe, mas o Oscar na categoria filme internacional é do país, diferente da categoria melhor filme, cujo prêmio pertence ao produtores do filme.

 

 

“Ainda Estou Aqui” levou e meu crush, Walter Salles, diretor do filme, fez um discurso breve e importante dedicado à Eunice Paiva, a protagonista dessa belíssima história e suas intérpretes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro que brilharam como Eunice na telona.

 

 

Eu faço festa para assistir ao Oscar há mais de 30 anos, desde que morava no Brasil, mas esse ano foi especial. Além de reunir as amigas, decorar a casa, com tapete vermelho e bandeira do Brasil e encomendar um cardápio tipicamente brasileiro (com salgadinhos e torta de coco e abacaxi), providenciei um figurino exclusivo, com desenho da amiga Natália Kipnis, para prestigiar a totalmente indicada Fernandinha Torres, que é a alma desse filme. Sua atuação como Eunice Paiva foi o alicerce do filme e essa vitória foi tanto do cineasta, como das Fernandas, Selton, todo o elenco, equipe, da família Paiva e do Brasil.

 

 

 

A festa aqui em casa foi um sucesso de brindes, com direito à celebração digna de Copa do Mundo, quando a incrível Penélope Cruz anunciou o vencedor da categoria filme internacional, um momento inesquecível e muito, mas muito marcante para a nossa cultura e para a democracia que anda tão abalada pelo mundo afora.

 

 

“Ainda Estou Aqui” não é um filme sobre a ditadura militar no Brasil, mas um filme que mostra as crueldades cometidas pelo governo militar e as marcas deixadas em tantas famílias que tiveram pessoas sequestradas, desaparecidas e assassinadas pelos militares, tão bem representadas pela família Paiva e, especialmente, por Eunice, que lutou por justiça de uma maneira corajosa e inspiradora ao longo de sua vida.

 

 

Esse Oscar é um lembrete de um momento obscuro e podre da história do nosso país e uma forma de evitar que isso aconteça novamente.

Além de ser importante pro nosso cinema, por ter levado o público de volta às salas, e por ter funcionado como uma vitrine da cultura brasileira para o mundo, não só para os atores, mas para a nossa música, a história do nosso povo que ganhou projeção internacional. Estou muito orgulhosa de “Ainda Estou Aqui” e da belíssima e bem-sucedida campanha do filme na corrida do Oscar. Eu conheço bem como funciona, pois é parte do meu trabalho e sei as dificuldades do processo para chegar até aqui, eu sei que essa é uma vitória e tanto. Esse post não é sobre a cerimônia do Oscar e, muito menos, sobre as categorias que perdemos, mas sim, pelo que ganhamos e como comemoramos!

 

 

Em breve, vou gravar um podcast sobre a cerimônia e os vencedores nas outras categorias. Mas, por ora, eu só quero parabenizar todos os envolvidos pelo sucesso da trajetória desse filme no Brasil, em Hollywood e pelo mundo afora. E compartilho a minha felicidade de ter acompanhado tão de perto essa campanha bem0sucedida que resultou na conquista do Oscar, em uma categoria tão relevante para o nosso país.

Viva o Brasil!

 

 

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