A Filha Perdida: Confira entrevista com o elenco

Por: Raquel Zambon

Quem gosta de ler certamente já ouviu falar de Elena Ferrante, o pseudônimo de uma autora italiana que conquistou o sucesso mundial pela veracidade sem filtro com que retrata relações familiares, amorosas e de amizade em seus livros.

Especula-se que Elena Ferrante seja, na verdade, uma tradutora italiana chamada Anita Raja. A teoria nunca foi oficialmente confirmada, mas os fãs sempre tiveram a certeza de que se tratava de uma mulher. Afinal, só alguém que vivenciou situações similares poderia compreender tão bem algumas particularidades das amizades entre adolescentes – como o caso de Elena Greco e Lina Cerullo, suas personagens de “A Amiga Genial” – ou as dificuldades da maternidade, como Leda de “A Filha Perdida”.

“A Filha Perdida” (The Lost Daughter) é prova do talento de Ferrante e fez tanto sucesso que virou filme da Netflix. Escrito e dirigido por Maggie Gyllenhaal, que percebeu desde o começo o encanto da história, o filme é uma das grandes apostas para o Oscar 2022. E não é apenas do Oscar que a produção chamou atenção: os fãs se multiplicam a cada dia, já que o filme é um dos primeiros a mostrar a maternidade de forma crua e verdadeira, sem romantização.

Para quem ainda não assistiu, “A Filha Perdida” conta a história de Leda (Olivia Colman/Jessie Buckley), uma acadêmica com duas filhas adultas que decide tirar férias em uma praia da Grécia. Lá, ao conhecer a jovem Nina (Dakota Johnson) e acompanhar o relacionamento dela com sua filha, Leda começa a reavaliar seu passado e as escolhas que fez com suas próprias meninas.

Mais do que qualquer coisa, este filme imperdível revela que ser mãe pode ser o sonho de muitas mulheres, mas que nem tudo é perfeito. A maternidade traz dificuldades, como todas as outras etapas da vida.

Q&A com o elenco

O HEA teve a oportunidade de acompanhar uma entrevista com Maggie Gyllenhaal, Olivia Colman e Jessie Buckley, as principais responsáveis por essa obra-prima do cinema!

Durante a entrevista, Maggie falou maravilhas sobre os livros de Ferrante, afirmando que se sentiu inspirada por eles e que queria trazer essas discussões à tona. “Eles são tão chocantemente honestos. Eu não sabia que sentia algumas das coisas que a autora falou até vê-la escrevendo a respeito”, disse.

Olivia Colman também se identifica com a obra. Depois de dizer que “pessoas de todos os lugares têm pensamentos obscuros”, ela afirmou ficar feliz por Maggie ter dado uma oportunidade às pessoas de falarem sobre isso abertamente.

Jessie Buckley manifestou sua alegria em fazer parte de um projeto tão importante e verdadeiro. “Não estou interessada nas mulheres que parecem perfeitas o tempo todo, estou interessada naquelas que mostram quem são. A beleza das pessoas é a sua verdade, suas falhas e o seu caos”, afirmou a atriz.

A escolha de Olivia e Jessie, responsáveis por atuações brilhantes, se deu de forma curiosa: Maggie Gyllenhaal pensou em Olivia, se encontrou com a atriz e, neste encontro, foi ela que sugeriu Jessie Buckley. Maggie assistiu “Wild Rose”, um dos primeiros filmes de Jessie, no mesmo final de semana. Ela se convenceu na hora.

“Muito do que estamos tentando fazer é normalizar uma quantidade grande de sentimentos que fazem parte de ser uma mulher no mundo”, afirmou Maggie, que ficou orgulhosa pela forma com que as atrizes encararam esse desafio.

Se você já assistiu “A Filha Perdida” e se encantou pela história, fica mais uma dica: “A Amiga Genial”, primeira história de sucesso de Elena Ferrante, se transformou em uma série incrível da HBO Max. As primeiras duas temporadas já estão disponíveis e a terceira chega em 28 de fevereiro. Imperdível!

 

 

 

 

Raquel Gonçalves Zambon:
É jornalista de Entretenimento e especialista em Comunicação Interna. Divide seu tempo livre entre o vício incurável por filmes, televisão, livros e as gatas Mia e Mel.

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