A Seleção, de Kiera Cass

Por: Camila Sá

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Primeiro livro da trilogia, “A Seleção”, de Kiera Cass, conta uma história que se passa no futuro, depois que os EUA foi dominado pela China após a guerra. O país havia emprestado uma grande quantia aos americanos, que não conseguiram honrar a dívida, sendo assim invadidos pela China. Passando a se chamar de Estados Unidos da China, após a ocupação, e posteriormente Illéa. O estado é governado pela monarquia, rei e rainha. Mas como já possuem um único herdeiro, em idade para assumir o país, é realizado um reality show com 35 garotas do país inteiro para competir pelo coração do príncipe Maxon. Esse mesmo rito havia sido reproduzido em outras duas  ou três gerações anteriores, já que a família real não havia gerado nenhuma mulher que pudesse se tornar rainha.

As meninas então se candidatam para depois passarem por um filtro que irá selecionar 35 delas. Ao se despedir de seus estados e começarem a ser gravadas 24/7, as famílias recebem um auxílio do governo. Somente por esse motivo muitas são influenciadas a participar da seleção, para dar conforto aos familiares, caso da protagonista America Singer, que já namorava escondido antes de entrar no sorteio. Elas, então, são deslocadas para viver no palácio até que o príncipe tome a sua decisão.

reality pode durar meses e até mesmo anos, até que Maxon encontre o amor de sua vida. O Jornal Oficial é exibido para todo o território nacional, mostrando os avanços e rotina das participantes, bem como a família real. Tem até um apresentador super descontraído, que me lembra o Caesar, dos “Jogos Vorazes”.

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De cara já percebi algumas semelhanças com “Jogos Vorazes”. Por exemplo, a população é dividida em castas, são tipo graus aos quais cada família pertence, vocês se lembram da novela Caminho das Índias? Então, só que no caso do livro é possível tanto subir quanto descer de casta, por meio de casamento ou compra de título. Ao total, são oito castas.

Sendo um para a família real; dois e três cidadãos comuns mas com situação financeira muito boa; quatro e cinco medianas, apesar da cinco ter dificuldade para comer no inverno; seis e sete pobres que precisam se matar de tanto trabalhar; oito, a mais miserável de todas. Ah, cada casta tem um trabalho pré-estabelecido para si. A três tem os professores, a cinco são músicos, cantores, escultores etc.

Desde novas, as crianças precisam escolher uma profissão e se dedicar à ela porque é a regra do estado de Illéa. As famílias menos favorecidas não contam com certos luxos como anticoncepcional e nem televisão a cabo, a comida é extremamente controlada porque há, realmente, uma cultura de escassez. É proibido engravidar desde que não esteja casada e existe o toque de recolher nas cidades. Também é crime furá-lo, mas isso não impede America e Aspen de se encontrarem durante dois anos, depois da meia-noite.

Continuando as semelhanças, America passa por uma transformação interna assim como Katniss, ela só assume a responsabilidade de participar da Seleção e continuar por causa da sua família. O palácio é constantemente bombardeado por rebeldes. O príncipe acha que eles estão à procura de alguma coisa, mas o rei pensa ser uma tolice de Maxon, que eles só o fazem para perturbar a paz.

Só que, ao viver no palácio, America também se dá conta de que o soberano esconde coisas da população, quando seria de seu interesse sabê-las. E também relata que mal conhecem a história do passado, dos EUA. Até mesmo livros de história são escondidos a sete chaves. Ela começa a se questionar o porquê disso, juntamente com o príncipe. O que o rei poderia estar escondendo de tão sério? Acredito que ela venha a se tornar um símbolo para o povo, assim como Katniss. Percebi grandes similaridades entre “Jogos Vorazes” e “A Seleção”no decorrer e estrutura da história, só que o ambiente de Kiera Cass parece ser mais light do que Panem.

É um livro gostoso de ser lido, gera expectativa e curiosidade, apesar de que eu achei que alguns personagem não foram tão bem explorados quanto deveriam. No entanto, as cenas são fáceis de imaginar, com uma riqueza de detalhes que te permite até mesmo ver os vestidos de America. É leve mas ao mesmo tempo traz uma riqueza de emoções, sentimentos. O encantamento de Maxon com a garota é lindo, te fazendo ter vontade de ser ela por alguns minutos. Essa coisa de conto de fadas e príncipe me persegue, e eu adoro! Um beijo para que matou a aula no dia do Royal Wedding ;*

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Mais do que isso, eu esperava realmente teressa sensação, já que os direitos do livro haviam sido cedidos para a produção de uma série na CW, mas não deu certo! Segundo a autora, também não há nada de filme, por enquanto… Bom, vamos torcer, né? Enquanto isso, podemos ler o segundo volume “A Elite”, até o terceiro e último livro ser lançado, em maio deste ano 😉

 

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