Assistente Pessoal de Celebridades: Bonnie Low-Kramen

Convidei Bonnie Low-Kramen para estrear a nossa coluna dedicada à entrevistas com profissionais que trabalham por trás das câmeras em Hollywood.

Durante 25 anos, Bonnie foi assistente pessoal de uma celebridade, a atriz Olympia Dukakis, vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante pelo filme “Feitiço da Lua”, estrelado também por Cher e Nicolas Cage.

Olimpia

Conheci Bonnie fazendo uma pesquisa no Google sobre assistentes pessoais de pessoas famosas em 2010. Ela tinha recém publicado um excelente livro que é considerado o melhor guia para profissionais deste ramo. Entrei em contato com Bonnie e tive o prazer de conhecê-la pessoalmente em Nova York. Ela não só compartilhou sua experiência comigo, mas dedicou seu tempo para me orientar e tirar as minhas dúvidas. Três anos depois, entrei falei com ela novamente e apresentei o Hollywood é Aqui.

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Bonnie com sua habitual gentileza, aceitou nos dar esta preciosa entrevista, onde conta histórias do mundo do entretenimento, nos dá dicas incríveis e afirma que o trabalho árduo e organizado é o que faz uma grande assistente.

Bonnie é um exemplo de uma profissional brilhante que saiu de trás das câmeras e hoje ela é a própria celebridade, viaja o mundo para falar em conferências, publica artigos, e autora de livro e e mentora de profissionais que confiam no seu talento para desenvolverem suas próprias carreiras.

Não perca a chance de conferir o nosso bate papo. É um aprendizado divertido!

 http://www.bonnielowkramen.com/

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agradecimento copy
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Bate-papo com Bonnie

 

Tradução Mary Knabben

Claudia: Ok. Estou aqui com a Bonnie. Muito obrigada por fazer isso por nós. Bonnie é uma assistente pessoal de celebridades que virou celebridade também.

Bonnie: Hahaha, bem acho que um pouquinho, é engraçado, não me vejo dessa maneira, mas, quem sabe eu sou.

C: Eu adoro, eu acho que você é.

B: Muito obrigada.

C: Nós estamos falando hoje um pouco sobre a sua carreira e eu sei que você trabalha com a Olympia desde 1986, já tem um tempo, como uma assistente pessoal. A Olympia é uma vencedora do Oscar, adoro seus filmes. Em que ponto da sua vida você decidiu se tornar uma assistente pessoal de celebridades? Você planejou?

B: Não, eu estava com a Olympia há 25 anos, e há 2-3 anos atrás, em 2011, eu me demiti do trabalho.  Ela ainda está fazendo filmes, é requisitada, mas eu vi no país um treinamento mínimo com pessoas para trabalhar nesse nível, de assistente de celebridades e outros cargos de nível e parei pra pensar e tomar uma decisão. E o que eu decidi foi desenhar um workshop e ensinar quando eu comecei. Então eu liguei pra empresa de workshops, falei com a secretária e o encarregado da empresa. Na semana seguinte, já fui pra Seatlle, e essa já vai ser o 14o. workshop em 2 anos.

C: Isto é demais, incrível!

B: Sim, muito obrigada! Desculpa se não ficou muito claro, mas Olympia e eu ainda somos muito próximas, boas amigas. Ela ficou espantada quando eu disse a ela que estava pensando em deixá-la para fazer este outro trabalho de treinamento e apoio. Eu sabia que eu tinha que fazer.

C: Tenho certeza de que ela ficou triste porque você era uma boa amiga e uma excelente ajuda, certo?

B: Eu encontrei uma pessoa maravilhosa pra me substituir, um homem de 32 anos que já tem experiência, e ele ajuda ela. Estão todos felizes, não tinha como eu sair sem ter certeza que ela estaria bem, ainda mais depois de 25 anos de parceria, não tinha como ser diferente. Eu espero que essa relação deles cresça ainda mais, assim como foi comigo, principalmente porque você trabalha tão próximo de uma pessoa. Eu tive muita sorte, Olympia é uma pessoa muito boa e um belo exemplo para as outras mulheres. Ela me ajudou a abrir meus olhos para outras situações e pessoas. Da mesma maneira que eu estava treinando um homem numa profissão que é dominada por mulheres, eu gosto de pensar que fiz a diferença também.

C: Com certeza, e você está fazendo um ótimo trabalho. Eu vi o seu video, que é incrível. Eu quero participar de um dos seus workshops!

B: Eu quero que você venha! Com relação à sua pergunta de assistente pessoal de celebridades que viram celebridades, eu nem sabia que isso existia. Minha graduação na faculdade foi em Inglês e Teatro. O que eu realmente queria fazer era estar no show business. Eu estudei para ser atriz e era apaixonada pelo show business. Não sei já disse isso numa entrevista anterior, em parte era que quando eu era jovem vivenciei uma experiência no teatro e como eu soava e me sentia no teatro, sentia que eu podia ser eu mesma e eu me senti confortável. Usei dessa confortabilidade que sentia no show business, com as pessoas, no trabalho. Você está em LA, sabe como é. Foi também muita sorte. Na minha carreira, logo depois da faculdade, tentei ser uma atriz por 3 meses em Chicago, e aí, arranjei um trabalho no escritório de um teatro vendendo ingressos, e realmente foi quando minha carreira começou! No guichê do teatro, eu aprendi a amar estar atrás das câmeras, na parte de fazer o show acontecer.

Teatro é um trabalho muito colaborativo, os atores, pessoas do cabelo, maquiagem, roupas, técnicos e as pessoas que vendem ingressos. Eu amava a ideia da colaboração, e era isso que eu queria fazer. Um trabalho que envolvesse colaborar com outras pessoas para trabalhar para um objetivo. Aquele emprego me ensinou muito e eventualmente eu fui para o departamento de marketing e Olympia estava em Nova Jersey, um ano antes dela ganhar o Oscar, em 1985. Muito do trabalho não eram tarefas domésticas, de maneira alguma. Nós trabalhávamos uma para a outra, ela era uma atriz muito respeitada em Nova York. Em 10 meses no emprego, nós estávamos muito próximas e íamos ao teatro em Nova Jersey. Um dia ela disse que ia viajar por 1 mês, que ia fazer um filme no Canadá e ela tinha os compromissos com o teatro. Então, hoje eu reconheço esse fato bem antes dela reconhecer. Ela sabia que estando longe, precisava de uma pessoa de confiança para organizar todas as informações. Ela não tinha como ter 20 pessoas do teatro ligando para ela diariamente, ela precisava de uma pessoa que coordenasse toda aquela informação, e essa pessoa era eu. O trabalho consistia em 5-10 min de ligação com ela e eu já estaria pronta pra falar com os outros, porque inevitavelmente, alguém bateria na porta e diria que precisava da Olympia no set. O que eu aprendi foi ligar para o administrador de triagem, precisava estar com a informação completa para falar com ela, precisava ter a resposta para a pergunta dela, uma questão de aprendizado.

C: É por isso que é uma história tão interessante, Bonnie. Você era muito organizada e quem quiser ter esse trabalho precisa ser muito organizado.

B: Esse é o pedido número 1. Da maneira que você faça, e hoje temos diversas maneiras, se organize. Eu continuo uma fã de caneta e papel, smartphones e tablets com todos esses apps pra se organizar e as pessoas tem utilizado, calendários, etc., mas no final eu ainda acho que caneta e papel são importantes. No workshop, o quer que seja que você faça, não existe coisa mais fácil pra você se organizar.

C: Eu concordo plenamente, e eu adoro a internet, tecnologia, eu trabalho com isso, mas não consigo viver sem caneta e papel, sou como você. Muitas pessoas acham que esse trabalho tem glamour, mas sabemos trabalhando do outro lado que o mundo do entretenimento que temos que trabalhar muito, não tem glamour nenhum. Todas as vezes que entrevisto alguém como você que trabalha no business próximas a celebridades, e por causa que nosso site tem um público mais jovem, eles vêm todos esses show de TV, que são demais, atores e atrizes, mas é muito difícil de se chegar até a TV ou numa tela de cinema. Você pode nos contar um pouquinho a respeito do seu dia a dia, trabalho com a Olympia e a loucura de ser uma assistente?

B: Eu ficava em Nova York, minhas horas eram das 10:00 às 18:00, entretanto, quando você trabalha em entretenimento, você lida muito com LA e com a diferença de horas. Às vezes,  se tinham coisas sendo feitas em LA, que faziam com que a hora mais corrida fosse às 16:00 em Nova York, 13:00 em LA, era quando todos estavam fazendo suas coisas. Sabíamos que segundas e sextas não eram os dias mais produtivos, então o horário de 10-6 poderia mudar a qualquer hora, de acordo com as necessidades. E é sobre isso que eu escrevo e falo que as pessoas precisam entender que isto não é brincadeira, é um emprego que requer personificação e organização específicas para quem está trabalhando. Trabalhar com uma celebridade é muito diferente de trabalhar com outra celebridade por vários motivos, pode ser o jeito da pessoa, os horários dela… O ponto maior é tratar a pessoa como um ser único, por exemplo, o motivo do Starbucks obter tanto sucesso, porque você pode ir e pedir um café exatamente do jeito que você gosta, customizado, e ainda colocam seu nome no copo, é específico para você. Acredito que essa é uma lição de como o trabalho deve ser feito.

Eu costumava chegar de manhã e achar que saberia como meu dia seria, mas as prioridades mudavam com frequência, e todo o resto planejado iria por água abaixo. Muitos trabalhavam num escritório, mas se a pessoa não se importasse, eu trabalhava na casa dela. Tinha que ser sensível aos horários da pessoa… Não era incomum para nós fazermos uma reunião, enquanto sentávamos para tomar café da manhã, etc. Eu percebi que nem todos os empregos eram assim. Quando as pessoas iniciam na profissão, elas têm a ideia de que é tudo muito glamuroso, mas é também um trabalho muito duro. O glamour é 1/10 se comparado ao trabalho duro do dia a dia. Se a pessoa está indo apenas pelo glamour, ela pode se dar mal. As celebridades contratam assistentes pessoais porque gostam muito de terem pessoas agradáveis e inteligentes fazendo o melhor por elas. Eu amei a ideia de poder ajudá-la a fazer todas as coisas se tornarem possíveis. Eu estava ocupada em conseguir um carro e deixar tudo em ordem, enquanto ela estava na outra sala decorando suas falas, fazendo as coisas que apenas ela poderia fazer. Faz sentindo?

C: Sim, claro. E fiquei muito feliz que você está esclarecendo tudo porque como uma pessoa de sucesso, sua carreira é incrível e você trabalhou com a Olympia por 25 anos, e fez um trabalho tão importante. É muito importante para os jovens ouvirem esses conselhos de alguém como você. Muito obrigada, ficou tudo bem claro.

B: De nada. Estou contente que fique claro. Às vezes, a Olympia não estava aqui e eu tinha que trabalhar até às 22h, ela estava de malas prontas. No dia seguinte, eu tinha que estar lá às 6 da manhã,  às vezes eu podia vir um pouquinho mais tarde no dia seguinte, pois tinha ficado até muito tarde na noite anterior. Alguma vezes, cheguei a dormir lá, porque tinha algo importante naquela viagem no dia seguinte. Faça o que puder para conseguir um trabalho, mas é um trabalho duro. Alguns assistentes não me queriam trabalhando. Alguns empregadores queriam que nós trocássemos horários, que trabalhasse de casa e fosse ao local apenas 2 vezes na semana… Tem tudo a ver com o acordo que as 2 partes fazem e como vai funcionar a partir daí. Meu livro fala de tudo isso, foi por esse motivo que escrevi, porque estava recebendo muitas perguntas de pessoas que queriam saber como realmente é o trabalho, então eu respondi todo mundo escrevendo o livro.

C: Sim, eu sei, eu li seu livro, é demais. É muito fácil de ler no sentindo de ser bem claro. O jeito que você escreveu foi demais. Tenho certeza que passou por muitos desafios até hoje, você pode compartilhar conosco alguns desses desafios interessantes?

B: Absolutamente. Quando eu comecei, eu não sabia direito o que estava fazendo e estava procurando por meios de desempenhar um trabalho melhor e Olympia estava no começo, nós estávamos procurando joias para vestidos diferentes em qualquer meio, antes eram as “páginas amarelas”, hoje temos a internet. Precisávamos de fontes em que pudéssemos confiar, essa questão é muito importante. Foi por isso que eu me tornei uma assistente em 1986 em Nova York, e comecei a fazer networking, o sistema precisava de colaboradores. Eu sempre soube que 2 cabeças pensam melhor que 1. Um dos maiores desafios que tive quando comecei foi a falta de fontes e pensava que tinha que haver uma maneira melhor de fazer esse trabalho. Quando comecei foi o começo também da internet e do email e das pessoas mais jovens, lendo sobre. Outra coisa é que eu tenho um filho e ele tem 25 anos, Adam, ele nasceu em 1988, no mesmo ano que a Olympia ganhou o Oscar e no meio disso tudo, ela ajudou seu primo Michael com a campanha presidencial em novembro e Adam nasceu em março.

C: Como você conseguiu?

B: Esse foi o desafio da minha carreira. Eu acho que todos temos pontos na carreira em que somos testados, tenho certeza que você pode pensar na sua carreira um momento em que foi realmente testada, seu talento, sua inteligência, suas habilidades, e pra mim, foi nesse ano com o Oscar, a campanha presidencial e o nascimento do Adam, eu olhei pra trás e pensei, seu eu consegui sobreviver e prover para todos, eu consigo tudo. E eu ainda acredito nisso. Esse trabalho toma muito seu tempo, e você tem muitas assistentes de celebridade que tem mais de 1 filho, e não estou dizendo que ter apenas uma filho foi bom ou ruim, mas sim que uma das “normas” por causa das horas que você despende no trabalho e pelo tipo de trabalho. E aí senti falta de algo. Estava viajando de tempos em tempos e Adam ainda era pequeno, e acho que todos nós fazemos escolhas. Essa é uma ótima hora pra ser assistente de celebridade, mas às vezes você perdia momentos importantes na sua vida pessoal para conseguir desempenhar bem esse trabalho.

C: Nunca é fácil, correto? Não sei como você conseguiu. Eu não tenho filhos, com essa vida louca, foi minha escolha. Parabéns, você conseguiu. Tenho certeza que o Adam é feliz, e não é facil, nem um pouco. Tiveram desafios, mas tenho certeza que também houve momentos divertidos viajando com a Olympia. E que tal o Oscar, quando ela ganhou, você fez parte da temporada de prêmios e vivenciar um pouquinho do glamour?

B: Sim! Eu não fui ao Oscar aquele ano porque eles moveram a data e acabou ocorrendo em abril e o Adam nasceu em março, e o prêmio de atriz coadjuvante que eles deram. Preparamos o discurso, eu assisti ela na televisão com o Adam no colo, e estava tudo tão bom, e eu podia ter ido a LA, mas é claro, estava com um bebe recém-nascido. E foi muito triste levar tanto tempo para o reconhecimento dela e eu sabia que era grande parte de aquilo estar acontecendo que a noite eu liguei pra ela, mas estava com ela quando ela ganhou o People’s Choice por “Stealing Magnolias”. E você sabe por estar em LA, que há muitas estrelas de TV, filmes pra TV. No cabo, estavam Jack Nicholson e Michael Keaton. Ele estava sentando com os óculos que é só dele, que do outro lado da mesa ele estavam tentando decifrar quem eu era que estava junto com a Olympia, Mas fui muito divertido, usei vestidos de alta costura. Nós conversávamos sobre tudo, religião, filosofia, livros. Esses foram tempos muito bons.

C: Você disse que com o passar do tempo, você e Olympia se tornaram amigas?

B: Com certeza. Eu acho que a amizade foi  se desenvolvendo. Enquanto viajávamos, podíamos pedir serviço de quarto. E quando está sentado com alguém nesse tipo de ambiente, você se torna amigo da pessoa.

C: É incrível, eu sou uma grande fã do Jack Nicholson, a propósito.

B: Ele tem uma história e tanto. E ele é um homem muito interessante.

C: Eu tive a chance de cruzar com ele 2 vezes nessas premiações que eu trabalhei. Ele é incrível e muito engraçado. Você virou uma estrela, como eu disse no começo, e eu acredito nisso, escreveu um livro, já viajou o país inteiro e você vai a Londres?

B: Sim. Eu estou indo em junho para uma conferência e aí volto em novembro para um workshop. Assistentes na Europa tem muita sede por essas informações sobre como ser um assistente. Além de tudo isso, fui convidada para falar numa outra conferência na Europa e aí vou para Dubai para dar um treinamento lá. Nunca estive lá.

C: Que incrível!

B: Sim, Eles me falaram o quanto assistentes no mundo querem esse treinamento. Trabalhando em diversos níveis, estou em conversação com pessoas na África do Sul pelas mesmas razões, então acredito que será um ano bem produtivo.

C: Que incrível, isso é muito bom para você. Espero que venha a LA para que a gente possa se encontrar para um café. Adoraria te ver por aqui.

B: Nós estamos planejando em fazer, só não tenho as datas definidas ainda, mas os assistentes em LA também querem. E você vem a Nova York?

C: Talvez eu vá e eu te avisarei com certeza. Eu sei que você é muito ocupada e está nos dando seu tempo precioso, mas para encerrar nossa entrevista, gostaria de saber se você pode dar alguns conselhos para nossos leitores em como trabalhar duro e ter uma carreira de sucesso, como você tem. Você iniciou como uma assistente de celebridade, mas agora você é uma celebridade. Você se importaria em nos dar um conselho para os assistentes que estão começando?

B: Sim, minha carreira começou há 25 anos atrás, mas conversei com jovens do mundo todo, que queriam muito aprender, que o local de trabalho havia mudado muito nos últimos 10, 20 anos, muito por causa da tecnologia. E não é só porque estamos “disponíveis” 24/7, que temos que estar disponíveis 24/7. Uma das minhas opiniões mais fortes é não perder o toque pessoal em relação a toda essa tecnologia. No fim, vem tudo para o que estamos fazendo agora, falando no telefone, pessoa com pessoa. Entrar numa sala cheia, olhar nos olhos delas, cumprimentá-las é extremamente importante e nunca vai perder a importância até “virarmos computadores”. Ainda somo seres humanos que temos sentimentos, sentimos cansaço, e não podemos funcionar 24/7. Quando escuto de um assistente que está trabalhando 1-, 12 horas por dia, 7 dias por semana, o trabalho não é realista. Em alguns ocasiões sim, mas você não pode dizer isso. É sobre escolher o trabalho realista e como queremos executá-lo, não é apenas ter um trabalho, mas sim como você quer viver, você tem que querer um trabalho que envolva viagens, ouvi de pessoas que tem filhotes de estimação que nunca viajariam. É realmente sobre como você quer viver. Olympia sempre perguntava isso. Eu não acho que olhar para um ano no seu telefone, eu sou daquelas que coloca o calendário na parede no escritório, na sua casa, onde quiser e tenha uma visão de carreira, como irá parecer porque o tempo está voando e se você vê os eventos na sua parede, aí você pode criar um equilíbrio entre as 2 partes. Se você vê sua vida toda numa tela de telefone, eu não acho que vai te ajudar, porque aí você pode manter uma imagem da sua vida na sua mente.

C: Eu concordo plenamente. É muito importante, eu escrevo cartas para mim mesma.

B: Sério? Que interessante!

C: Eu escrevo mesmo. Todo janeiro, ou dezembro, neste ano em dezembro quando tive amigos me visitando do Brasil, e nós escrevemos cartas para nós mesmos com 10 objetivos para 2014. É muito divertido ter os amigos, dar risadas, cozinhar, conversar sobre a vida, planejando o nosso ano, não foi apenas decisões de trabalho, mas pessoais. Em dezembro seguinte, nós abrimos as cartas e conferimos os objetivos, conversamos a respeito como melhorar nossas vidas para o próximo ano. Nós vamos isso todo ano.

B: Eu adorei a ideia. É a sua cara! Mas porque tempo está voando, a vida não é apenas trabalho, e depois de 30 anos de carreira, e com as coisas mudando tão rapidamente, os profissionais que conheci são os mais felizes que tem uma vida pessoal além da profissional, tem amigos, participam de eventos na família, coisas que geram equilíbrio e não somente trabalho. Esses parecem ser as pessoas mais satisfeitas e felizes que conheço. Eu compartilho isso com os jovens que estão escutando e lendo e espero que ajude muito.

C: Muito obrigada! Você é incrível, sou sua fã. Muito obrigada por sempre estar aqui por mim, desde a primeira vez que te mandei um email, você sempre foi um amor de pessoa. Obrigada. Espero vê-la em breve. Muito obrigada por nos conceder esta entrevista, nos ajudar com o webiste.

B: De nada! Espero que você tenha conseguido o que queria e te convido a manter contato comigo.

C: Obrigada! Tenha um bom fim de semana!

B: Obrigada! Tchau!

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