Coreia desperta interesse para além do K-Pop

A fé da nossa colaboradora Luana Mattos, que mora no Rio Grande do Sul, a aproximou da Coreia do Sul, um país que está do outro lado do mundo e a motivou a sair da zona de conforto e aprender um novo e complexo idioma, como ela compartilha em seu relato publicado inicialmente em seu blog “Writing a Better World”. A descoberta da Coreia também levou Luana a pesquisar sobre sua cultura e a fazer parte do fandom que curte os seriados de TV coreanos.

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Agora te perguntamos, o que impulsiona você a sair da sua zona de conforto? Como você está aproveitando os recursos que você tem a sua disposição? Quais as atitudes que você está tomando rumo à conquista do seus objetivos?

Aproveite esse momento para refletir, planejar e, mais importante, realizar.

Por: Luana Mattos

Mas para quê estudar coreano?
Recentemente eu decidi estudar coreano, e logo perguntas como “mas por quê?” e “para quê?” começaram a surgir. Admito que muito antes de ouvir essas perguntas de terceiros, elas primeiro partiram de mim. Por que estudar um idioma tão diferente e, particularmente, desafiador?

E talvez a resposta esteja na própria pergunta, porque isso me desafia e me tira da zona de conforto de achar que já sei tudo, quando na verdade o meu “tudo” é tão pouco. Como eu postei aqui, há poucas semanas eu descobri que a Coreia do Sul existia, brincadeiras à parte, a verdade é que eu não sabia dizer qual era a “Coreia boa e a Coreia ruim”, “é a do norte ou a do sul?”

E foi após assistir duas séries sul-coreanas que o interesse pela cultura deste país surgiu. E como uma pesquisadora nata que sou fui para Google pesquisar sobre este país e suas influências.

Eu já sabia que a Coreia do Sul tinha a maior igreja evangélica do mundo, e isso sempre chamou minha atenção. Ao estudar um pouco mais sobre sua cultura e costumes ficou claro o quanto eu, uma sul-americana ocidental, poderia aprender com meus irmãos e irmãs em Cristo na Coreia do Sul.

Isso me faz refletir em como nossa cultura, língua e costumes maternos (nacionalidade) têm impacto direto no nosso relacionamento com o Criador. O povo coreano, até onde eu pude ver, é bastante disciplinado, em suas interações sociais eles possuem níveis de etiqueta (educação), e a hierarquia é extremamente importante para eles.

Algo que chamou muito a minha intenção nas séries que vi, foi o fato de filhos adultos apanharem (de verdade!) de seus pais, algo que para nós seria considerado um absurdo, para eles representa respeito e submissão a correção dos mais velhos e, por consequência, mais sábios. Salomão, o homem mais sábio que existiu deixa claro ao dizer: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe.” Provérbios 1:8 Conhecemos este versículo de cor, mas por alguma razão vivemos como se ele tivesse prazo de validade, e tão logo nos tornamos adultos, nos julgamos mais espertos que nossos pais (ou antepassados).

“Mas é que agora as coisas mudaram, os tempos são outros…” é o que ouvimos da nossa própria boca às vezes, mas Salomão no auge de sua velhice, tendo vivido tudo que poderia viver nos traz uma verdade absoluta, “O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: ‘Veja! Isto é novo!’? Não! Já existiu há muito tempo; bem antes da nossa época.” Eclesiastes 1:9,10

Voltando para o idioma

A medida que eu avanço (a passos de bebe) no estudo do idioma coreano me deparo com muitos desafios a respeito de coisas que eu julgava ter domínio, um deles, por exemplo, é a habilidade motora de escrever, o Hangul (alfabeto coreano) é diferente do alfabeto romano, e escrevê-lo pode ser divertido e frustrante ao mesmo tempo. O outro desafio está ligado a como lidar com a frustração e o tempo do processo, preciso lembrar que quando fui alfabetizada no idioma português, isso não se deu do dia para noite, mas como parte da geração fast food é comum querer tudo processado e pronto para engolir, quando na verdade o preparo requer mais tempo para ser devidamente digerido.

Além de lidar com a frustração, o processo e a espera, eu tenho aprendido a ser mais humilde. Ao deparar-me com as minhas limitações motoras e intelectuais recorro ao meu Criador, pois Ele sabe todas as coisas, Ele tem o domínio sobre toda língua e nação, então humildemente peço que Ele me conduza e capacite a aprender algo novo, e assim como diz nas escrituras busco ser humilde como uma criança, reconhecendo minha dependência em Deus.

Para concluir, eu não sei exatamente “por quê ou para quê” estou estudando coreano, se isso servirá para algum propósito “debaixo do sol”, só sei que, enquanto esse processo permitir que eu me aproxime ainda mais de Deus, estará valendo a pena.

“Meu nome é Luana Mattos, sou gaúcha, cristã, apaixonada por jornalismo e idiomas. Descobri nas palavras meu refúgio e, além disso, descobri que elas podem mudar o mundo!”
@luanatmattos

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