Mansão histórica em Nova York foi local de inspiração para composições do musical Hamilton

A Morris-Jumel é a mansão mais antiga de Nova York, localizada em Washington Heights, um bairro no norte de Manhattan.

A mansão foi construída em 1765 e é um marco histórico da cidade. Seus primeiros moradores foram Roger and Mary Philipse Morris. Roger era do exército britânico que, na época, governava o país. Durante a guerra da independência, o casal voltou para a Inglaterra. Na sequência, a mansão serviu de quartel para o primeiro presidente do país já independente, George Washington, posteriormente sendo comprada pelo francês Stephen Jumel e sua esposa Eliza, que transformou a casa em um polo cultural e artístico do século XVIII.

Depois da morte de Stephen, Eliza foi casada brevemente com Aaron Burr, vice-presidente dos EUA, que também foi o homem que matou Alexander Hamilton.

A mansão já é um museu há anos, eu visitei pela primeira vez quando estive em NY em agosto. Quando também assisti Hamilton e soube que Lin-Manuel Miranda escreveu ali muitas das canções do musical, inspirado por todos os acontecimentos históricos que se passaram na mansão Morris-Jumel e, que têm relação direta com a jornada de seu protagonista, Alexander Hamilton.

Nessa matéria, contamos tudo sobre Hamilton. Confira que você vai entender os detalhes:

 

Para mim, o tour no museu foi uma aula de história. Compartilho aqui alguns destaques da minha passagem por lá. Vocês vão reparar nas fotos e vídeos nas instalações rosa, que chamam a atenção em vários cômodos da mansão. Essa foi uma exibição da artista plástica Traci Telasco, que estava acontecendo quando fiz o tour. As peças representam as minorias ( escravos, latinos, mulheres e nativos) que trabalharam na construção da casa e como funcionários e cuja a existência foi completamente ignorada pela história, que foca apenas nos “heróis” brancos. Para chamar a atenção da necessidade de reescrever a história apagada, Traci usou borracha para fazer as peças. Essa é uma forma de prestigiar o duro trabalho, dedicação e a importância de todas minorias que foram sacrificadas, embora tenham sido fundamentais na construção dessa nação.

 

O museu só abre para visitação de quinta a domingo, mas o jardim da mansão é um parque e está aberto diariamente, fica a dica caso você queira dar uma volta por lá.

 

 

 

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Em frente à mansão Morris-Jumel, numa rua que incialmente servia apenas como passagem de carruagens até a casa, foram construídas, por escravos, essas belas casas de madeira que eram ocupadas por famílias de classe média. Casas de madeira são uma raridade hoje em New York City, um pedaço da história que vale a pena ser visitado. Quer saber mais? Confira: https://untappedcities.com/2021/02/17/sylvan-terrace-hidden-street-wooden-homes-nyc/
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Sinceramente, sugiro que, se você planeja assistir “Hamilton” na Broadway, faça um tour no museu antes, pois o passeio vai tornar o show ainda mais interessante. Foi exatamente o que fiz. Agora, se você está entre a multidão que já prestigiou o musical, mas ainda não visitou a mansão Morris-Jumel, aproveite sua próxima visita a Manhattan – ou se mora na Ilha, vá a Washington Heights – e prestigie o museu. A história de Alexander Hamilton está mais viva que nunca ali dentro também.

Aliás, o programa Song Exploder, na Netflix, apresenta um episódio com Lin-Manuel contando sobre a composição das músicas de Hamilton, direto da mansão. Fica a dica: https://fb.watch/nAvdvxtqMB/?mibextid=CFlI8D

 

Veja também mais informações sobre a mansão Morris-Jumel e planeje a sua visita:

 

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