Na Terra do Tio Sam, Não tem “Jeitinho”

Uma grande amiga minha que morou por muitos anos nos EUA costuma dizer que aqui e a terra do “NÃO PODE (DO NOT).”

Ela tem uma certa razão. Por exemplo, para fazer uma cidade do tamanho de Los Angeles (que é maior territorialmente do que São Paulo) funcionar de forma civilizada e preciso não só criar regras, como incentivar a população a obedecê-las.

Já vi muitos brasileiros que mudaram para cá, ou mesmo que vieram a passeio, reclamarem que “o americano é muito chato, certinho” e que “aqui tem que andar na linha.”

Bom, primeiro gostaria de esclarecer que o americano não é chato, é apenas um povo que foi colonizado de forma muito diferente da gente e não gosta de viver no caos. Outra questão é  se você está no país estrangeiro é porque quer, com isso tem que aceitar e respeitar o estilo de vida local. Reclamações refletem uma total incapacidade de adaptação, neste caso, melhor voltar para seu país de origem.

Se resolver ficar por aqui, terá que pagar os mesmo impostos e multas que os nativos. O que de fato é justo, porque você vai usufruir da mesma qualidade de vida.

Neste post, destacamos alguns aspectos, do dia a dia da vida de uma cidade norte-americana, que geralmente são os primeiros a chamarem mais atenção de alguém vindo de fora, especialmente do Brasil.

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Aqui NÃO existe flanelinhas. Você tem que prestar sempre atenção nas placas colocadas nos altos dos postes nas ruas. E não se engane, pode ser a qualquer hora do dia ou da madrugada, a equipe do departamento de trânsito está sempre fazendo a ronda e pronta a ver qualquer irregularidade. As multas mais baratas de estacionamento irregular custam U$ 57.00 (cinquenta e sete dólares), em LA. Elas são deixadas dentro de um envelope no para-brisas do seu carro e você pode pagar pelo telefone, pessoalmente ou pela internet. Diferente do Brasil, nem sempre você pode recorrer. A saída para ficar regular com o DMV (o Detran daqui) é pagar.

Nos supermercados, como o Ralph’s, e farmácias, o estacionamento geralmente é gratuito por 1 hora. Mas os seguranças ficam de olho e se desconfiarem que o carro está lá o dia inteiro, eles vão chamar o reboque.

Em algumas ruas dos bairros residenciais, o estacionamento é gratuito, mas fique atento às placas. Em Beverly Hills, seu carro não pode passar a noite na rua. Outro cuidado que devem ter é com o dia da limpeza. Cada lado da rua é limpo uma vez por semana (dias diferentes) e nesta ocasião é proibido estacionar, correndo o risco do seu carro ser rebocado. É necessário ficar sempre ligado nesses importantes detalhes.

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Próximo a restaurantes e centros comerciais, geralmente tem parquímetros. As regras vão variar de acordo com o local, e são bem explicadas nas placas ou no próprio parquímetros. A maioria dos parquímetros em LA aceita cartão de débito ou crédito. Mas se você for para a região de Manhattam e Hermosa Beach, só aceitam moedas de $.025. É sempre bom ter algumas na bolsa. O preço médio é de $2.00, por 2 horas.

Nos shoppings o estacionamento é gratuito. Alguns por 2 horas e outros por 3 horas. Quando tem cinema, você pode validar e ainda ganha 1 hora adicional. Pouquíssimos cobram, e quando acontece as tarifas são muito mais baratas do que costumamos pagar no Brasil.

Outra profissão que não existe aqui é a do frentista. Nos EUA nós mesmos colocamos a gasolina no nosso carro. O pagamento pode ser feito no caixa dentro da loja de conveniência ou mesmo na própria bomba. É super simples e fácil. Alguns postos tem monitor de TV para distrair os motoristas e lenços umedecidos para limpar a mão ao terminar a função. Você também pode lavar os vidros do carro e calibrar os pneus. Todo o equipamento está à sua disposição.

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Por falta de costume, algumas pessoas reclamam da falta de comodidade de ter alguém para fazer este serviço para você. Mas ao longo dos anos, se acostuma com o fato de que, na realidade, não precisa mesmo.

Em Beverly Hills e em algumas regiões da cidade, você pode encontrar postos de gasolina com o VIP service, ou seja, há um frentista para atender eventuais clientes que estão dispostos a pagar o preço do galão bem mais caro que o normal (quase o dobro). Eu certamente estou fora desta categoria.

Para encerrar com chave de ouro, se você tem cachorro e leva o seu animal para passear nas ruas da cidade, a placa avisa: “Segure seu cão, ele tem que andar na coleira (Curb your Dog)” e a lei diz que o dono é obrigado a limpar as fezes do animal, pois se a polícia ou algum pedestre vir que você se descuidou pode chamar a sua atenção, lhe multar e mesmo denunciar.

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O mais importante é saber que nos EUA as ruas são consideradas patrimônio público e devem ser preservadas para beneficiar a todos. Os impostos aqui são mais baratos do que pagamos no Brasil, mas a diferença é que na terra do Tio Sam não tem jeitinho. Tudo tem que andar na linha para que a sua vida funcione melhor.

É pegar ou largar! Eu, por exemplo, segurei essa oportunidade com unhas e dentes! 🙂

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