PaleyFest Previews Fall TV: Code Black

Extasiada é a palavra que define a minha noite de sábado, 12 de setembro, no PaleyFest TV Fall Previews, em LA, quando assisti ao primeiro episódio da série “Code Black” que fez a minha peruca voar, e olha que não sou lá muito fã de séries médicas. Mas esta é diferente, baseada em fatos reais retrata o dia a dia do pronto socorro do hospital LA County, o mais concorrido e caótico dos EUA, atende presidiários, vítimas de acidente de carro, baleados em brigas de gangs e casos mais corriqueiros como um braço quebrado de um ciclista angeleno (como são conhecidos os moradores de LA).

O piloto da série foi escrito pelo mesmo produtor do doc, o médico, Ryan McGarry, o que dá um realismo ao seriado que nunca vi antes no gênero. Outro destaque de “Code Black” é que mostra as deficiências do sistema de saúde no país, muitos pacientes, poucos médicos que trabalham em condições precárias na difícil missão de salvar vidas.

Depois de rir e chorar vendo a série, foi a vez de tremer diante da atriz atriz Marcia Gay Harden, protagonista de “Code Black”, que também interpreta a médica Dr. Grace Trevelyan Grey, mãe de Christian, no filme baseado na Saga “Cinquenta Tons de Cinza”. Marcia, que já ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme “Pollock”, estava presente no painel promovendo o seriado ontem no Paley Center, e assim como suas personagens na telona e na TV, me impressionou com sua classe, simpatia e seu incrível senso de humor.

Aliás, todo o elenco de Code Black é sensacional. O grupo de atores nos contou quão felizes e ansiosos eles estão por poder participar de um projeto tão especial, que segundo o moderador do painel Brad Bessey, produtor do show “Entertainment Tonight”, um expert da TV, e uma séria candidata ao “Emmy Awards” (o Oscar da TV) em 2016.

A produção de “Code Black” é impecável e inovadora. A maioria dos seriados de TV são gravados com apenas 1 câmera e as cenas são ensaiadas e cada tomada é feita individualmente, mas não em “Code Black”, eles usam 3 câmeras e os atores nunca sabem qual esta focando neles, isso significa que não podem sair do personagem nunca. O resultado está na tela, o espectador pode sentir e perceber melhor o que se passa no pronto socorro e de certa forma, o movimento das câmeras nos transporta para dentro da cena. Além disso, a série não é rodada em um estúdio, mas numa locação que foi um hospital de verdade. A estrutura já dá o clima certo para o elenco mergulhar na história.

 

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Aliás, eles receberam uma “bíblia” com todos os termos e explicações dos casos que seriam abordados nos episódios e fizeram um treinamento intensivo com médicos antes de começarem a gravar. Ryan é um dos produtores executivos do seriado e médico no hospital LA County, e levou os atores para conhecerem a rotina do pronto socorro, eles de fato visitaram e passaram o dia no local, o que como a própria Marcia declarou foi fundamental para entender a realidade de trabalho dos personagens: “Geralmente nas séries médicas está todo mundo gritando no pronto socorro, e isso não acontece na realidade, médicos e enfermeiros falam baixo, eu aprendi isso na prática.”

E para completar a loucura, “Code Black” tem aproximadamente 800 figurantes por episódios, alguns com fala, e segundo Michael Seitzman, produtor executivo, todos que aparecem na sala de espera do pronto socorro sabem a doença que tem, e cada um dos integrantes do elenco, sabe o que tem que fazer para tratá-los. Michael complementa dizendo que eles não usam efeitos especiais: “quando você vê o paciente sangrar, ele está “sangrando” mesmo, porque tem uma pessoa embaixo da maca, com uma bombinha pulsando o sangue cenográfico. E os cortes também são reais, pois cobrimos o local do corte, por exemplo, a perna, do ator com um latex, assim os médicos podem fazer o corte de verdade.”

Sem dúvidas, esta produção sofisticada e realista me conquistou e vou acompanhar a saga deste grupo de médicos e enfermeiros dedicados, que além de ter que se virar sem muitos recursos para salvar seus pacientes, tem que lidar com seus próprios demônios para salvarem a si mesmos. Mal posso esperar pela estreia na CBS, dia 27 de setembro.

Trailer:

 

Isso, sem contar, que será um consolo e tanto assistir na TV Dr. Grace, a matriarca do clã Grey todas as semanas, enquanto espero ansiosa a estreia de “Cinquenta Tons Escuros” em Fevereiro de 2017.

Estavam no painel:

Marcia Gay Harden, “Dr. Leanne Rorish”
Bonnie Somerville, “Christa Lorenson”
Raza Jaffrey, “Dr. Neal Hudson”
Luis Guzmán, “Jesse Salander”
Melanie Chandra, “Malaya Pineda”
Harry M. Ford , “Angus Leighton”
Benjamin Hollingsworth, “Mario Savetti”
William Allen Young, “Dr. Rollie Guthrie”
Michael Seitzman, Executive Producer
Ryan McGarry, Executive Producer

Clip de Marcia Gay Harden falando de sua personagem em “Code Black”:

 

 

O produtor executivo Michael Seitzman conta segredos dos bastidores:

 

 

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