The Walking Dead: entrevista exclusiva com Danai Gurira, a Michonne

Atriz fala sobre detalhes da série, projetos pessoais e vinda ao Brasil.

Danai Gurira é uma pessoa tão interessante e versátil como sua personagem Michonne, de The Walking Dead, uma das série de maior sucesso da televisão norte-americana.

No seriado, a personagem Michonne, que apareceu pela primeira vez no final da segunda temporada, pertence ao grupo de Rick Grimes (interpretado pelo ator Andrew Lincoln) e luta pela sobrevivência, enfrentando zumbis e seu inimigo número um, o Governador (interpretado pelo ator David Morrissey).

Mas a trajetória de Danai também é cheia de histórias. Ela nasceu nos Estados Unidos, mas foi criada em Zimbábue, país de origem de seus pais. Além de atriz, ela é uma escritora premiada. Em nosso bate-papo, ela fala sobre o árduo e emocionante trabalho em The Walking Dead, afirmando que adora encontrar seus fãs e que gostaria muito de visitar o Brasil!

Além disso, Danai nos contou um pouquinho do projeto que irá desenvolver enquanto estiver de folga das gravações de TWD (que para a felicidade dos fãs, já tem retorno confirmado). E que venham mais zumbis na quarta temporada!

Pergunta: Você é uma estrela de uma das melhores séries de TV atualmente, como você se sente, o que você acha da experiência de interpretar a Michonne em The Walking Dead?

DG: E fantástico! É um trabalho de arte, a minha experiência tem sido incrível.

Pergunta: Você vem do teatro, certo? Qual é a maior diferença entre atuar no palco e em um set de TV? As pessoas acham que trabalhar na TV é muito glamouroso, mas nós sabemos que não é.

DG: Sim, os horários variam e o trabalho é bem intenso, mas eu acho que a diferença principal em particular dessa série é que ela é bem intensa, assim como o teatro. A história é bem rica e profunda e requer muito do ator, não é algo que você faça com facilidade, é algo que exige de você todos os segundos, assim como o teatro que tem uma audiência ao vivo. Posso dizer também que um ator que trabalha em The Walking Dead pode ser comparado com um ator de teatro, em relação ao que é exigido fisicamente e emocionalmente. A natureza do trabalho é intensa, além das longas horas. Eu, definitivamente, não vejo esse trabalho sendo diferente do teatro em si.

Pergunta: É bem interessante sim. Toda vez que eu vejo um episódio, eu penso: “Gente, como os atores trabalham duro nesta série!”. Eu sei que você não pode nos dizer muita coisa, mas poderia resumir em uma frase, ou palavra, o último episódio da terceira temporada?

DG: Hipnotizante!

Pergunta: Uau! Mal posso esperar! Não tenho certeza se você sabe, mas a série é muito popular no Brasil! O site Walking Dead Brasil é um dos maiores websites de fãs em nosso país, com mais de 50 mil seguidores no Twitter. O sucesso do seriado é enorme! Você sabia que era tão popular assim no Brasil?

DG: Eu tinha uma ideia do sucesso da série no Brasil, graças a Fox internacional. Para ser sincera, não me surpreende, pois fui criada em outro país. Sei como os seriados norte-americanos são bem sucedidos fora dos Estados Unidos, principalmente com uma história bem escrita como esta, que pode ser facilmente entendida por outras culturas. Eu vivenciei isso. Crescemos assistindo seriados americanos como “Dynasty”, “Dallas”, então quando a história é boa, é fácil ultrapassar fronteiras.

Pergunta: Isso é fantástico. Você cresceu no Zimbábue, correto? Você disse Los Angeles lembra você do Zimbábue.

DG: Verdade, lembra sim, é o clima,  a vegetação, e alguns bairros em Los Angeles que me lembram o Zimbábue.

Pergunta: Aliás, você já foi ao Brasil?

DG: Eu nunca fui ao Brasil, mas também adoraria ir! Soube que os fãs pediram para o elenco ir ao Brasil, mas ainda não aconteceu.

Pergunta: Verdade, tomara que aconteça em breve! Aliás, a maioria do elenco está no Twitter e seus fãs gostariam muito de saber se você tem planos de se juntar às redes sociais?

DG: Eu tenho pensado a respeito disso, mas não é muito a minha praia. Não sou uma pessoa dedicada às redes sociais, nem telefone, sabia?! Eu sei que temos que nos modernizar, mas não é da minha natureza curtir esta tecnologia. Além disso, não sei o quanto gostaria de expor minha vida, meu trabalho, acredito que temos que tomar cuidado com o quanto compartilhamos com o universo. Mas eu sei que tenho muitos fãs nas redes sociais, então em algum momento vou ter que bolar uma ideia de como conciliar a minha privacidade e me comunicar com os fãs.

Pergunta: Como é para você estar em um programa que tem um número de fãs tão grande? Você esteve no Paley Fest semana passada, certo? O lugar estava lotado com fãs do mundo inteiro. Como você lida com o assédio das pessoas? Você se sente confortável com os fãs?

DG: Curto muito interagir diretamente com os fãs porque você conhece pessoas que realmente gostam da série e do seu trabalho, e isso é sempre muito legal, adoro os momentos que compartilho com eles. Os eventos, às vezes, são um pouco tumultuados, mas é sempre muito bonita essa ligação entre as pessoas. Eles curtem o meu trabalho e eu aprecio isso. Nós somos gratos pelo apoio dos fãs.

Pergunta: Você é uma escritora premiada, você tem algum outro projeto em andamento agora que a gravação da terceira temporada acabou? O que vem a seguir na sua agenda?

DG: Sim. Sempre tenho projetos. Estou escrevendo algumas peças de teatro, estou começando a desenvolver algo para a tela também, nunca paro de trabalhar.

Pergunta: Você pode nos contar um pouco mais sobre seus projetos?

DG: Estou escrevendo uma peça de teatro agora. Tabem produzi uma peca que esteve em cartaz em alguns teatros ano passado no  Zimbábue. Meu foco agora é produzir para o Zimbábue. A minha ideia é fazer uma ponte entre lá e os Estados Unidos. Muitas pessoas vêm de outros países para os EUA, como foi o caso da minha família, e a minha própria experiência. Até nosso Presidente, o pai dele não era americano, então estou visando explorar essa geração de pessoas que nascem aqui, são criadas aqui mas tem suas raízes em outros países. Mostrar a dinâmica, o relacionamento entre eles. Este trabalho é muito empolgante para mim, pois tenho a chance de ter um olhar bem contemporâneo sobre culturas inter-raciais nos Estados Unidos para os que não são norte-americanos.

Pergunta: Os brasileiros são seus fãs! Nós estamos muito empolgados pela próxima temporada. Você vai estar de folga por alguns meses, certo?

DG: Muito obrigada! Sim, estou de folga há alguns meses já. Nós terminamos de filmar em dezembro e voltamos a
gravar no meio do ano.

Pergunta: Ótimo! Mal posso esperar pela próxima temporada! Boa sorte nos seus projetos e obrigada pela entrevista.

DG: Muito obrigada a você! Até logo!

Entrevista publicada no E! Online Brasil com a colaboração de Rafael Façanha, dono do site Walking Dead Brasil.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *