Verdade seja dita: Boninho conseguiu – O Brasil tá lascado e o BBB21 flopado

O BBB21 não é só um flop porque todo o elenco tem medo de cancelamento e só pipoca, pelas provas chatérrimas, pelas dinâmicas de votação previsíveis, pela ausência absoluta de uma boa treta e até de um VT criativo e divertido.

O maior flop do programa foi perceber que os participantes podem fazer comentários machistas, homofóbicos e racistas que eles são perdoados pela TV Globo e pelo povo brasileiro.

Mas, importante ressaltar, pra ganhar o amor da população precisa ser macho branco, porque se for mulher preta é eliminada com alto índice de rejeição, Karol Conká que o diga.

Recentemente assistimos a um show de terror ao vivo protagonizado por Rodolffo, o cantor sertanejo de mais de 30 anos, que por ser do interior de Goiás foi perdoado pelos companheiros de programa e pelo povo brasileiro por todos os comentários preconceituosos que professava na casa ao longo da sua participação.

Depois de três paredões consecutivos, nos quais o sertanejo tirou Carla Diaz, mesmo após o discurso machista que fez quando indicou a participante, e tirou Sarah, mesmo depois dos comentários homofóbicos que fez sobre Fiuk, ele finalmente foi eliminado em um paredão muito apertado. Isso depois de fazer piadas racistas com o cabelo black do João, ouvir dele que ficou magoado e ainda argumentar que fez tudo sem nenhuma intenção, sem querer, no jogo da discórdia.

Mas o grande flop foi o posicionamento da Globo e das marcas que, pressionadas por uma parcela do público nas redes sociais, colocaram o sapatênis para fazer um discurso sobre racismo dando uma lição de moral no Rodolffo. O apresentador já erra na largada quando começa a palestra com a frase “de homem branco para homem branco”. Uma ignorância sem fim, afinal no Brasil NINGUÉM é branco de fato, somos uma mistura de raças e alguns de nós tem somente a pele branca.

Outro absurdo dito por Tiago, em rede nacional, foi que os EUA é um país livre. Eu que moro lá há 12 anos sei muito bem que essa informação não procede. O papo foi tão fraco que o Rodolffo não entendeu o ponto do apresentador, assim como a maioria do povo não deve ter pescado o real objetivo da conversa.

Revoltados com esse show de ignorâncias e com o povo brasileiro que assina embaixo do preconceito e endeusa o sertanejo, que ganhou milhões de seguidores nas redes sociais após sua saída do BBB, compartilhamos a nossa revolta nesse episódio do nosso podcast, o “Verdade seja dita”, que tá mais pra uma sessão de terapia.

Vem correndo gritar e tentar abrir os olhos do Brasil com a gente!

 

Equipe que embarcou na nave louca do BBB:

Claudia Ciuffo:
Baiana de nascimento, carioca de alma. Jornalista de profissão e Big Sister de coração. O BBB mudou sua vida desde a primeira edição. E no Verdade Seja Dita vai palpitar tudo sobre essa sua paixão.
Twitter:@claudiaciuffo
Instagram: @claudiaciuffo
@hea_souvenirs

 

Clotilde:
Sem papas na língua, nossa convidada misteriosa já chega emparedada nesta edição e tem a missão de falar tudo o que pensa sobre o BBB21.

 

Leo Amato:
É publicitário, DJ, professor e mais um viciado no maior reality show do Brasil, acompanhando o PPV desde a primeira edição.

 

Mônica Lima:
É carioca, jornalista e mãe de pet. Viciada em TV, se encantou com o BBB na primeira edição.

 

Rafael Thiago:
Estudante de Direito aficionado por literatura, cultura nerd e reality shows.

 

Raquel Gonçalves Zambon:
É jornalista de Entretenimento e especialista em Comunicação Interna. Divide seu tempo livre entre o vício incurável por televisão, os livros e as gatas Mia e Mel.
Ainda canta Iarnuou, sempre quis que o Alemão ficasse com a Iris e torce pela Grazi na final/no caminho da vida.

 

Tiago Souza:
Baiano da gema, louco por acarajé, viciado em séries e formado em reality shows. Sua paixão por BBB já desfez amizades e sua participação no Verdade Seja Dita talvez lhe traga alguns haters.

 

Victor Magavi:
“Sou a última geração dos anos 90 e a primeira que ainda estava aprendendo a andar no início do novo milênio (o que não mudou, só que agora é no sentido figurado). Ator por amor desde a infância e, hoje, exploro organicamente a cultura brasileira e estudo publicidade. De forma independente, também publico meus monólogos na internet e outras obras. Amo cinema, teatro, música, literatura, escrita, comunicação social, web design, viagem e várias outras coisas como um tradicional geminiano. Acredito na união do coletivo.”

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