Verdade seja dita: Que decepção, Boninho! BBB 21 dá adeus e não vai deixar saudades

Andamos sumidos, mas finalmente a equipe do nosso podcast, Verdade seja dita, se reuniu para enterrar de vez a série sobre o flopado BBB 21.

Nesse episódio, fizemos um levantamento de tudo que deu errado na edição do reality que prometia ser a mais icônica e terminou sendo um grande fiasco para os verdadeiros fãs do programa.

A gente entende que bateu recordes de audiência, o que não surpreende ninguém, especialmente por conta da pandemia.

Mas números não significam sucesso. Vimos todos os absurdos possíveis nesse BBB: os participantes, especialmente as meninas, passarem pano para comentários machistas, feitos pelos homens da casa, o oposto do que aconteceu na edição no ano passado. Por sua vez, o povo brasileiro demonstrou através do voto que não só endossou essa atitude da mulherada, como também passou pano para os comentários homofóbicos e racistas feitos durante o programa, defendendo quem os fez e acusando as vítimas.

Além disso, o favoritismo da vencedora, que se construiu em cima da personagem rejeitada pelos companheiros, começou cedo demais. Sua equipe fez uma lavagem cerebral no público através de uma estratégia de marketing agressiva, baseada em fake news, resultando em uma torcida focada em derrubar todos aqueles que magoassem seu ídolo, incitando a rivalidade feminina e prejudicando ainda mais o jogo, que já que estava pautado em provas e dinâmicas chatas e desinteressantes.

O excesso de patrocinadores e o fato do programa manter financeiramente os Estúdios Globo, que está com todas as produções suspensas durante a pandemia, foi a pá de cal na criatividade de Boninho e sua equipe. As provas do líder e anjo foram repetitivas e os jogos da discórdia se transformaram numa verdadeira piada valendo carro da Fiat e comemorando o aniversário do cantor Roberto Carlos. As provas bate e volta passaram a valer viagens, mobília de cozinha e curso de inglês, quando eram para valer apenas a salvação de um paredão. Cada derrota dessas enlouquecia a nossa equipe que queria mesmo ver o povo passar perrengue e tretar no confinamento. O que, durante 100 dias, praticamente nunca aconteceu.

Isso sem contar que o “fim do medo cancelamento”, tema proposto no início da temporada por aquela que seria a sua grande vilã, Karol Conka, não evitou cancelamentos, conflitos pesados e tensos nas primeiras festas, mas atrapalhou a jornada dos brothers e enterrou de vez o jogo depois da saída do “grupão” ou “gabinete do ódio”. Transformando até o participante Lucas, que enlouqueceu todo mundo na casa antes de deixar o programa, em santo, ovacionado pelo público.

 

 

Como falamos no início da série do nosso Podcast, a grande maioria do elenco parecia ter subido em um palco e estar representando. A grande exceção sempre foi Gil do Vigor, o grande protagonista do BBB 21, eliminado pela torcida obcecada pela favorita, na semifinal, talvez por ser o único a não viver o BBB como se estivesse na colônia de férias.

No papo final sobre essa edição do Big Brother Brasil, a gente fala de tudo isso e comenta também a piada que foi o top 10 culminado em 3 finalistas, que fizeram tudo menos jogar. Comentamos também sobre o episódio 101, quem mostrou a redenção dos vilões, com a participação de todo o elenco.
Se para encerrar com chave de ouro esse fiasco Boninho precisava de uma lavação de roupa suja que se transformou em passar roupa limpa, ele conseguiu atingir seu objetivo.

Será que depois disso tudo a gente vai assistir ao BBB 22? Só Deus pra saber, mas se você está tão frustrado como a gente, corre pra ouvir esse episódio que fecha também com chave de ouro a nossa revolta com a produção do Big dos Bigs, afinal, a gente merecia muito mais!

“Posso ser bem sincera? O Big dos Bigs, para mim, acabou sendo um BIG fracasso! Em um momento tão triste quanto a pandemia que estamos vivendo, eu queria ver BBB para me divertir. Me prometeram entretenimento de qualidade e tudo o que recebi foi assédio moral, racismo, xenofobia… Temas essenciais, sem dúvida, mas tão difíceis de acompanhar da forma com que foram expostos. Temas difíceis de serem tratados em um momento em que já estamos tão frágeis quanto agora.

No final das contas, me afastei dessa edição em prol da minha saúde mental. Mas, de conclusões, deixo: entendo algumas coisas que Juliette viveu ali dentro, mas a personalidade excessivamente autocentrada dela me faz lembrar de algumas pessoas com as quais não foi nada divertido conviver. Gil seria meu melhor amigo no BBB e torci demais por ele! E Fiuk é chato, mas acho que ainda sou fã…

Para 2022, que venha um BBB que traga mais alegria. Como brasileiros, estamos precisando!” – Raquel Zambon

 

 

Equipe que embarcou na nave louca do BBB:

Claudia Ciuffo:
Baiana de nascimento, carioca de alma. Jornalista de profissão e Big Sister de coração. O BBB mudou sua vida desde a primeira edição. E no Verdade Seja Dita vai palpitar tudo sobre essa sua paixão.
Twitter:@claudiaciuffo
Instagram: @claudiaciuffo
@hea_souvenirs

 

Clotilde:
Sem papas na língua, nossa convidada misteriosa já chega emparedada nesta edição e tem a missão de falar tudo o que pensa sobre o BBB21.

 

Leo Amato:
É publicitário, DJ, professor e mais um viciado no maior reality show do Brasil, acompanhando o PPV desde a primeira edição.

 

Mônica Lima:
É carioca, jornalista e mãe de pet. Viciada em TV, se encantou com o BBB na primeira edição.

 

Rafael Thiago:
Estudante de Direito aficionado por literatura, cultura nerd e reality shows.

 

Raquel Gonçalves Zambon:
É jornalista de Entretenimento e especialista em Comunicação Interna. Divide seu tempo livre entre o vício incurável por televisão, os livros e as gatas Mia e Mel.
Ainda canta Iarnuou, sempre quis que o Alemão ficasse com a Iris e torce pela Grazi na final/no caminho da vida.

 

Tiago Souza:
Baiano da gema, louco por acarajé, viciado em séries e formado em reality shows. Sua paixão por BBB já desfez amizades e sua participação no Verdade Seja Dita talvez lhe traga alguns haters.

 

Victor Magavi:
“Sou a última geração dos anos 90 e a primeira que ainda estava aprendendo a andar no início do novo milênio (o que não mudou, só que agora é no sentido figurado). Ator por amor desde a infância e, hoje, exploro organicamente a cultura brasileira e estudo publicidade. De forma independente, também publico meus monólogos na internet e outras obras. Amo cinema, teatro, música, literatura, escrita, comunicação social, web design, viagem e várias outras coisas como um tradicional geminiano. Acredito na união do coletivo.”

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