Vício em novelas dá chance para novidades como Beleza Fatal e remake de Vale Tudo

Para mim, ser noveleira é tão viciante quanto ser fumante. Eu parei de fumar em maio de 2011 e nunca mais dei um trago. Mas, com novela é diferente. Na época da pandemia, quando passei alguns meses no Brasil, eu voltei a assistir algumas novelas que eu nunca tinha visto, como “A Vida da Gente”, “Os Dias Eram Assim” (que está entre novela e minissérie) e outras clássicas, como “Celebridade”, que é da época que eu trabalhava na produção de novelas nos Estúdios Globo.

 

 

Mas, depois que voltei para os EUA, e recomecei a vida pós COVID, eu nunca mais acompanhei novelas, até recentemente uma amiga me indicar “Beleza Fatal”, que chama “Scars of Beauty”, na Max, nos EUA.

 

 

Maratonei em tempo recorde até porque foram poucos capítulos. Um aperitivo de novela. Amei da vida. Virei Lolover, mas odiava e brigava com Lola, personagem de Camila Pitanga (que está excepcional), como se ela tivesse na minha frente, e conversava com a Elvira de Giovanna Antonelli (que também está ótima), como se ela fosse minha amiga. Fiquei feliz que conhecia a maior parte do elenco de veteranos como Caio Blat, Herson Capri, Marcelo Serrado e Monica Torres. E, curti também, ver as belas imagens da minha Cidade Maravilhosa, onde cresci e me diverti tanto!

 

 

Infelizmente, a novela acabou tão rápido que me deixou órfã e até torci pra que rolasse uma segunda temporada, mesmo sabendo que o autor, Raphael Montes, tinha descartado essa possibilidade. Verdade que “Beleza Fatal” “acordou” a noveleira que existe em mim.

 

 

O que era tudo que precisava para acompanhar “Vale Tudo”. Confesso que estava com muito pé atrás porque eu era super fã da novela original de Gilberto Braga, que sempre foi meu autor favorito.

Sou bem reticente em relação a remake de qualquer coisa, novela, série, filme, mas não resisti à tentação e caí na asneira de assistir 1 capítulo, que bastou para me viciar.

 

 

Eu não é que eu curti a nova versão mais que imaginava?! Gostei que replicaram a trilha, a caracterização e a abertura. Quanto ao elenco, acho que da mesma forma que acertaram em cheio em alguns casos, vacilaram em outros, mas ainda está no início. Nem Odete apareceu ainda. Vou dar tempo ao tempo, e seguir otimista que pode melhorar.

 

 

Sem contar que, como em “Beleza Fatal”, “Vale Tudo” acontece no Rio de Janeiro e em Paraty, onde não vou há anos. Cada capítulo é um colírio para os meus olhos e uma oportunidade de revisitar esses paraísos.

Eu também curti ver o show da Iza e ver um elenco bem mais diverso do que na novela original, onde os atores eram majoritariamente brancos.

Mas, vale ressaltar que “Vale Tudo” foi uma novela muito a frente de seu tempo, não só com a bissexualidade do personagem César, como ocom casal Laís e Cecília, uma novidade no horário nobre da TV brasileira em 1988. Gilberto Braga já celebrava a comunidade LGBTQI, da qual fazia parte, em seus trabalhos desde os anos 80.

 

 

Sem contar que Odete Roitmam é a vila mais icônica da história da televisão brasileira. Lembro como se fosse hoje do capítulo em que a sua assassina é revelada e de como parou o Brasil.

Vale Tudo foi um marco de fato!

 

 

Quanto ao meu vício de novela, é mais saudável do que o do cigarro e, por isso, me permito ter uma recaídas. Também é uma forma de resgatar boas memórias da mamãe, que tinha muito orgulho de ser uma novelereira de primeira e que deve estar assistindo o remake ao lado de Gilberto, no plano celestial.

Agora com licença que vou ver o capítulo de “Vale Tudo” de hoje! Bom desse vício que tem 6 doses por semana.

 

Beleza Fatal:

 

 

Vale Tudo:

 

 

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