Produções exibidas no Sundance Film Festival 2019 dão um show de diversidade

O Sundance Film Festival é famoso por lançar filmes que serão grandes sucessos na temporada de premiações, alguns, como “Brooklyn”, vão até concorrer ao Oscar em várias categorias, inclusive melhor filme. Por isso, o festival a cada ano fica mais badalado e os filmes que foram exibidos por lá valem entrar para a sua lista de cinéfilo de plantão.

Como foi o caso de “Honey Boy”, o filme semi-biográfico marca a estreia de Shia LaBeouf como roteirista e de Alma Har’el como diretora de ficção. Shia interpreta o personagem de seu próprio pai nesse filme que promete dar a ele credibilidade como roteirista e trazer grande prêmios pela sua atuação incrível.

Outro filme que também atraiu a atenção da mídia foi a comédia “Late Night”, escrito por Mindy Kaling e que conta a história da aspirante à escritora Molly Patel (interpretada pela própria Mindy), que é contratada pela famosa apresentadora de talk show Katherine Newbury (Emma Thompson), quando ela recebe a notícia que a emissora vai cancelar o seu show. O filme foi comprado pela Amazon Studios por mais de 13 milhões de dólares.


A roteirista e diretora Chinonye Chukwu levou o prêmio do Grande Júri pelo seu filme “Clemency”, que conta a história de uma diretora de um presídio que começa a questionar sua função quando um homem que é colocado no corredor da morte se diz inocente. Chinonye é a primeira mulher negra a levar o prêmio na história do festival. Na premiação de documentários, o filme “One Child Nation”, dos diretores Nanfu Wang e Jialing Zhang, levou para casa o Grande Júri de documentário. O filme fala sobre a controversa lei chinesa de limitar um filho por família que durou mais de 40 anos.


Os gigantes de streaming Amazon e Netflix mostraram o seu poder econômico e investiram milhões numa batalha que deixou de fora as distribuidoras independentes Fox Searchlight e Sony Classics da competição do mercado independente. De qualquer forma, o mais importante do Sundance é que o festival celebrou a diversidade e mostrou que mulheres e minorias são capazes de contar histórias que vão além das suas próprias, coisa que, aliás, vem fazendo muito antes do movimento METoo, e este ano superou todas as expectativas e deu uma lição ao povo em Hollywood.

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