No “Estrelas do Indie”: Assistimos no New York Film Festival e indicamos

Uma das grandes vantagens de cobrir um festival de cinema, prestigiado como o de Nova York, é que o evento nos dá a chance de assistir em primeira mão filmes e documentários, de qualidade, que têm o poder de tocar profundamente a nossa alma e nos inspirar, como foi o caso pra mim dos filmes “Wildlife (Vida Selvagem)”, estrelado por Carey Mulligan, Jake Gyllenhaal, “Feliz Como Lazaro”, da diretora italiana Alice Rohrwacher, que ganhou o prêmio de melhor argumento em Cannes, e o belíssimo documentário “Maria Callas em suas próprias palavras”, que reconta a história de vida da melhor cantora de ópera de todos os tempos, e tem estreia prevista no Brasil para 6 de dezembro de 2018.

“Wildlife” nada mais é do que a história de uma família que, embora, aparentemente, seja completamente diferente da minha própria, ao longo do filme, que conta com atuações brilhantes, uma direção caprichada, uma fotografia de tirar o fôlego, foi me remetendo a momentos felizes e outros desafiadores que enfrentei ao longo da minha convivência em família. Sensível, sincero, triste, transparente, “Wildlife” entrou para a lista de filmes que me emocionou tanto que nem me fez chorar. Um soco no estômago às vezes, uma lição de que perdoar e recomeçar, muitas vezes, é necessário, especialmente quando se trata da nossa família.

“Wildlife” (“Vida Selvagem”)
Data de lançamento: em breve (1h 44min)
Direção: Paul Dano
Elenco: Ed Oxenbould, Carey Mulligan, Jake Gyllenhaal mais
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA

Aos 14 anos de idade, Joe (Ed Oxenbould) começa a perceber que sua família está desmoronando. O pai, Jerry (Jake Gyllenhaal), acaba de perder o emprego, mas não quer que a esposa trabalhe. A mãe, Jeanette (Carey Mulligan), não pretende ficar de braços cruzados diante da crise e começa a lutar por sua autonomia. Quando Jerry decide ficar muitos meses fora de casa, num trabalho temporário apagando incêndios pela região, Jeanette decide que é hora de refazer a sua vida. Mas para Joe, a única coisa que importa é ver os pais reunidos novamente. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249234/

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A estória de Lázaro, jovem simples, trabalhador e sempre pronto a sacrificar-se pelos outros, é uma leitura livre da historia bíblica. O ponto alto do filme é que nos alerta para os valores mais básicos como o respeito ao próximo, a paciência e a generosidade, que esquecemos muitas vezes ao longo do nosso dia, quando estamos dirigindo, por exemplo, e nos irritamos com o motorista que anda devagar na nossa frente. Isso, além de ser um chamado em como tratamos as pessoas que trabalham conosco, ou para nós. Sem contar que, Lázaro, nos coloca para repensar a forma como nos comunicamos com as pessoas mais preciosas de nossas vidas, como familiares, amigos, professores. “Feliz Como Lázaro”, de forma poética e brilhante, não só nos da uma lição de vida, como nos serve de lembrete de como devemos realmente rever nossos comportamentos e nosso papel na sociedade.

“Feliz Como Lázaro” (Lazzaro Felice)
Data de lançamento: em breve (2h 07min)
Direção: Alice Rohrwacher
Elenco: Adriano Tardiolo, Alba Rohrwacher, Nicoletta Braschi mais
Gênero: Drama
Nacionalidades: Itália, França, Suíça, Alemanha

Lázaro (Adriano Tardiolo) é um garoto pobre e pouco inteligente, mas extremamente bondoso. A sua brandura faz dele uma presa fácil de todos os que, de uma forma ou outra, desejam aproveitar-se da sua inocência – seja Tancredi, um jovem nobre de intenções duvidosas, ou a terrível Marquesa Alfonsina de Luna, proprietária das terras onde ele vive com a família e que mantém os seus trabalhadores presos a rituais antigos, de forma a isolá-los do progresso. Assim como seus próprios familiares, que o colocam para fazer trabalhos forçados diariamente. No entanto, após uma tragédia, Lázaro retorna à vida no século XXI. Ele não compreende mais a lógica deste mundo, mas pretende reencontrar a sua família e viver como antigamente. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-258000/

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“Há duas pessoas em mim, a Maria e a Callas”

Ninguém melhor que a própria Maria Callas para recontar a sua jornada que, infelizmente, não foi longa, mas foi de extrema importância para a música e inesquecível para seus fãs e admiradores. Um dos documentários mais profundos que já assisti até hoje, apresenta a trajetória da melhor cantora de opera de todos os tempos, contada em primeira pessoa. Callas revela Maria e revela também uma personalidade incandescente e vulnerável. Um momento de intimidade com uma lenda e toda a emoção desta voz única no mundo. Absolutamente imperdível e impossível também não ficar com os olhos cheios d’água ao ouvir os relatos e, especialmente, a voz de Callas em vários dos números musicais que marcaram a sua carreira e a sua história.

Maria Callas accompanied by the National orchestra of the ORTF, managed by Georges Prtre, in the studio 102 of the Maison de la Radio for the television program “”the Big interpreters”” realized by Gerard Herzog (Photo by Georges ChevrierINA via Getty Images)

“Maria Callas em Suas Próprias Palavras”
Data de lançamento: 6 de dezembro de 2018 (1h 59min)
Direção: Tom Volf
Elenco: Maria Callas, Vittorio De Sica, Pier Paolo Pasolini mais
Gênero: Documentário
Nacionalidade: França

Maria Callas nasceu na cidade de Nova York em 1923, em uma família de imigrantes gregos. Seu talento para o canto lírico impressionava a todos desde cedo e, em 1937, se mudou para a Grécia onde teve aulas com Elvira Hidalgo, no Conservatório de Atenas. Logo passou a ser reconhecida internacionalmente como a melhor cantora de ópera de todos os tempos. Através de entrevistas, imagens raras de arquivo, filmagens pessoais e cartas íntimas a vida e carreira de Maria Callas é reconstituída, quase quarenta anos depois de sua morte. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-256911/

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