A história de Malala e a sua luta pelas mulheres

Por: Luana Mattos

Malala Yousafzai completou 18 anos em julho deste ano, mas já tem uma biografia extensa no Wikipedia.

• No início de 2009, anos 11 anos de idade, Malala escreveu um blog para BBC sob um pseudônimo, no qual detalhava o seu cotidiano durante a ocupação talibã, as tentativas destes em controlar o vale e os seus pontos de vista sobre a promoção da educação para as jovens no vale do Swat.
• No verão de 2010, o New York Times publicou um documentário sobre o cotidiano de Malala à medida que o exército paquistanês intervinha na região.
• Toda essa atenção, embora fosse positiva para a causa de Malala e sua família, acabou trazendo consequências negativas, em 9 de outubro de 2012 enquanto se dirigia para escola em um ônibus cheio de meninas, um homem armado entrou e perguntou qual delas era Malala, apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado esquerdo da testa e percorreu o interior da pele, ao longo da face e até ao ombro.
• Em 29 de abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de julho do mesmo ano, Malala discursou na sede da ONU, pedindo acesso universal à educação. Malala foi ainda homenageada com o prémio Sakharov de 2013.
• Em fevereiro de 2014, foi nomeada para o World Children’s Prize na Suécia. Em 10 de outubro, foi anunciada a atribuição do Nobel da Paz a Malala pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação.
• Aos 17 anos, Malala foi a mais jovem laureada com o Nobel. Malala partilhou o Nobel com Kailash Satyarthi, um ativista indiano dos direitos das crianças.

A história da jovem paquistanesa que foi baleada na cabeça e sobreviveu de forma milagrosa e quase sem sequelas é conhecida por todos, afinal, a noticia “viralizou” e dos quatro cantos da terra vinham orações e votos de melhoras. Essa história de milagre e superação que parece ter saído de um filme, foi na verdade o que inspirou o aclamado diretor Davis Guggenheim a transformá-la em um longa-metragem, “He Named Me Malala” (Ele me chamou de Malala, em tradução livre), é um documentário sobre os últimos dois anos da vida de Malala. Em suas entrevistas, o diretor conta com emoção que parte do sucesso do filme se deve a maneira como ele se conectou com Malala e sua família, a admiração pessoal que Guggenheim claramente sente pela família Yousaffzai é visível em cada cena!

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O filme visa mostrar como Malala, seu pai Ziauddin e sua família estão comprometidos com a luta pela formação de todas as adolescentes de todo o mundo.

Em uma entrevista conduzida pela atriz e embaixadora da ONU, Emma Watson, para promover o filme, Malala declarou: “Meu pai é um exemplo para todos os pais e homens em geral… Se nós queremos igualdade, igualdade de direitos para as mulheres, os homens precisam dar um passo adiante. Se reclamamos que as mulheres não têm os mesmos direitos, significa que tudo tem sido feito pelos homens. Eles precisam voltar atrás e dizer: ‘Nós queremos apoiar. Isso não pode continuar acontecendo’. Todos nós precisamos andar juntos. É assim que a mudança virá.”

Quando Emma perguntou sobre sua religião, Malala que sentiu na pele as consequências do extremismo, disse: “As pessoas têm esquecido o principal objetivo da religião. Para mim, ela existe para ajudar, apoiar, ensinar a ser paciente e a amar uns aos outros. Eu não sei por que as pessoas enlouquecem e matam uns aos outros, praticam terrorismo. Apenas vivam uma vida melhor, seja legal… Por que é tão difícil amar uns aos outros?”

Em um dos momentos mais comoventes da entrevista quando Emma perguntou a Malala o que elas faria e fosse invisível por um dia, com um olhar sonhador a jovem respondeu: “Faz três anos que eu não volto ao meu país. Eu adoraria voltar ao Paquistão. Até para confirmar as minhas metas, porque, às vezes as pessoas pensam que eu tenho um Nobel da Paz, o filme, e o livro que foi lançado e eu não sei se as pessoas lá entendem qual é o meu objetivo realmente, que é fazer com que crianças tenham acesso à escola. É isso que eu quero ver acontecendo. E é muito importante estamos juntos e apoiar uns aos outros. Isso é sobre o futuro de 66 milhões de garotas que não tem acesso à educação no mundo”.

Assista o trailer do filme que estreou no Brasil dia 19/11, pela Fox Film:

 

 

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Agradecimentos especiais:

À editora Companhia Das Letras pela doação dos livros.

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À nossa colaboradora Luana Mattos que foi a responsável pelo contato com a editora.

A participação será finalizada à 00:00h do dia 25/11 e o sorteio será feito dia 9/12 (será divulgado no Twitter da Claudinha – @claudiaciuffo). Vamos considerar um comentário por leitor.

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