Daisy Jones & The Six na tela do cinema é realização do sonho de fã

Quem me conhece e acompanha o Hollywood é Aqui sabe que “Daisy Jones & The Six” é a minha obsessão do ano.

Nem precisaria dizer o quanto eu manifestei assistir a uma exibição da série na telona de um cinema. Quando DJATS foi indicada ao Emmy Awards, em 9 categorias, incluindo melhor minissérie, minha esperança aumentou porque eu sabia que, provavelmente, a Amazon organizaria alguns eventos para promover a série.

Dito e feito, recebi um convite deles para uma exibição do último episódio, com direito a um bate-papo depois da sessão com Taylor Jenkins Reid, a autora do livro que deu origem à “Daisy Jones and The Six”, e os criadores (que adaptaram o livro para a TV), produtores executivos e os diretores da minissérie, no The Culver City Theater.

Por conta da greve, os atores não puderam participar, de qualquer forma, eu gritei (de verdade!) porque aquele convite, depois de meses, era basicamente a concretização da minha manifestação.

Eu tive a sorte de estar com Riley Keough (Daisy Jones) e a Camila Morrone (Camila Dunne) em eventos da série, pré-greve. E com Riley também encontrei em sessões de “War Pony”, filme que ela escreveu, dirigiu e produziu. Compartilho esses momentos icônicos aqui:

 

 

Como eu sou muito viciada na minissérie, foi super interessante esse encontro com os produtores e diretores, pois tive uma perspectiva do processo de criação, de como foi colocar DJATS no ar, os desafios, as conquistas, desde o início.

Além disso, foi um presente conhecer Taylor Jenkins Reed, a mente brilhante que criou esses personagens (e que escreveu “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, de quem sou fã de carteirinha também). Entre vários tópicos, Taylor falou do prazer e da emoção dela ao ver a história, que escreveu sozinha, ganhar vida na tela nas mãos da produtora Hello Sunshine, empresa de Reese Witherspoon e Lauren Levy Neustadter o que, para a autora, também foi um sonho realizado.

Destacamos aqui os melhores momentos desse bate-papo incrível e inesquecível pra mim que, sentada na primeira fila, vivi a realização do meu sonho. Foi mágico ver a minha obsessão televina na tela de cinema e, de bônus, ainda ouvir as histórias dos bastidores contado por aqueles que fizeram o projeto acontecer.

O início

Scott Neustadter (Co-criador/ Produtor Executivo): “Eu tive acesso a um tratamento do livro, antes dele ser publicado. Lembro que liguei pra Lauren (que também é minha esposa) dizendo que eu tinha acabado de ler o tratamento, que seria um projeto perfeito pra Hello Sunshine, mas que eu não podia compartilhar com ela o material, ela tinha que entrar em contato com o Brad (que é o empresário da Taylor, autora do livro) para conversar sobre saber os detalhes.”

Lauren Levy Neustadter (Produtora Executiva): “Pois foi isso mesmo, o Scott disse que não poderia me dar o material, sem a autorização do Brad, mas ele estava tão empolgado que eu liguei pra o Brad na hora. Ele foi super gentil, me mandou o material e já marcamos uma reunião pro dia seguinte. O problema é que eu leio muito devagar, ao contrário do Scott que é super rápido. Mas eu gostei tanto que li em tempo recorde. Mandei pra Reese, que estava de férias, e disse que eu estava incomodando ela porque eu sabia que ela ia amar. Ela também leu em tempo recorde e disse que queria fazer parte desse projeto de qualquer maneira. Em suma, todos os envolvidos se apaixonaram à primeira vista pelo livro da Taylor (que ainda nem tinha sido publicado).”

Brad Mendelsohn (Produtor Executivo): “Eu e Taylor já tínhamos conversado sobre a possibilidade de transformar o livro em uma produção e nosso sonho desde o início era que a Hello Sunshine se interessasse. Então quando a Lauren me ligou foi uma alegria, porque eu sabia que era isso que a Taylor queria também. E a mesma coisa com o Scott e o Will, os melhores roteiristas de adaptação de livro pra tela que eu conheço. Tê-los no time também foi um objetivo conquistado.”

Taylor Jenkins Reid (Autora/Produtora Executiva): “Quando o Brad me disse que a Hello Sunshine estava interessada, eu mal pude acreditar. Como ele disse, era um sonho nosso que a série fosse produzida pela Reese, Lauren e o time delas. E quando eu soube que o Scott e o Will (Graham (Co-criador/ Produtor Executivo) estavam interessados em adaptar, aí eu fiquei ainda mais feliz porque eu sabia que estava em boas mãos, pois sou admiradora dos projetos deles.”

Will Graham (Co-criador/ Produtor Executivo): “Pra mim esse projeto foi um presente. Mas devo dizer que foi um trabalho “fácil” porque o universo que a Taylor criou, os personagens e as tramas já eram fantásticos demais. O livro é incrível e sabíamos que ia ser um best-seller (como de fato foi), a nossa maior preocupação e responsabilidade era fazer jus ao excelente trabalho da Taylor e aos fãs do livro. E o que nos deixa mais felizes é ter recebido um feedback tão positivo dela, do Brad e do fandom.”

Os diretores:

James Ponsoldt (Diretor dos episódios 1 a 5 /Produtor Executivo): “Eu e Scott nos conhecemos e somos amigos e parceiros de trabalho há anos. Eu confio nele totalmente, e quando ele me falou sobre esse projeto, eu disse sim sem mesmo ler o script. Eu me apaixonei pela premissa e sabia que tinha muito potencial. Foi muito legal trabalhar com esse elenco talentoso e comprometido. Riley e Sam, por exemplo, se dedicaram muito, não só na parte musical, como também nas suas performances. Eles queriam sempre entregar o melhor. Foi um dos trabalhos mais especiais pra mim. Eu adoro a trilha sonora, sou fascinado pelos anos 70. Foi muito marcante.”

Nzingha Stewart (Diretora dos episódios, 6,8, 9 e 10/Produtora Executiva): “Quando eu cheguei, o grupo, tanto de atores como a equipe, já estava bem entrosado com o James. Ele me ajudou bastante na transição. A maior parte dos episódios que eu dirigi foram em Nova Orleans. E foram vários desafios, tivemos que cancelar as gravações, depois de tudo pronto, por conta de COVID. Teve ameaça de atentado no estádio, temporal e furacão. Foi uma aventura. Ao mesmo tempo, contratamos mão de obra local, atores de lá, o que foi muito legal também. No final, graças à dedicação de todos os envolvidos e do trabalho excepcional dos nossos câmeras, conseguimos gravar os shows com a energia que gostaríamos. A gente gravava durante a noite, madrugada, e descansava de dia. Foi uma aventura, mas o resultado agradou e isso que importa.”

Nzingha Stewart

Scott: “Eu lembro que a equipe de pós-produção (os editores, efeitos especiais) quando viu as primeiras imagens do episódio 6, com a direção da Nzingha, me ligou dizendo que o episódio estava muito diferente dos primeiros dirigidos pelo James, a equipe estava preocupada, mas isso só nos mostrou que estávamos no caminho certo, porque era exatamente isso que queríamos, uma mudança na vibe para mostrar a virada na vida dos personagens depois que eles lançam o álbum e saem em turnê. A gente queria transmitir o impacto que a fama causou na vida deles também. A missão foi cumprida com sucesso.”

A produção:

Lauren: “Acho que uma das principais razões que essa série funcionou tanto foi a dedicação de absolutamente todos os profissionais envolvidos. Todo mundo deu o seu melhor. Por isso as indicações ao Emmy Awards foram tão importantes pra gente. Profissionais que estão trabalhando na indústria há anos, receberam pela primeira vez esse reconhecimento. Tanto os produtores de elenco, a figurinista, maquiadora. Todo mundo. Mais do que qualquer outro projeto nosso, DJATS foi o resultado do trabalho árduo da equipe, desde a pesquisa até a execução. A gente também teve a chance de rodar boa parte dos episódios em Los Angeles, em praticamente todas as casas de show lendárias, como o Whiskey, Troubador, transformamos o Viper Room, no Filthy Nasty’s. Tudo isso foi importante porque nos ajudou a viajar no tempo e a recriar a década de 70 que é tão rica em música e história. Foi especial.”

Brad: “Para uma pessoa como eu que nasceu e cresceu em Los Angeles, foi muito bacana ver que a minissérie prestigiou marcos da cidade como o Apple Pan, que eu vou desde de criança. Sem contar que foi a primeira produção a fechar a Sunset Strip pra uma gravação em 30 anos. Incrível isso!”

Will: Eu tive a oportunidade de dirigir o episódio da Grécia. Foi a última coisa que gravamos. E, pessoalmente, foi como vencer um desafio, especialmente a parte da Simone e da Bernie, pois construímos os clubes e levamos a disco music de Nova York para Atenas, que não tem nada nem parecido. Mas conseguimos criar esse clima lá e ficou bacana, se a gente não contar ninguém diz que estávamos na Grécia e não no Harlem.” Risos

A banda:

Lauren: “Eu lembro que o elenco estava ensaiando há meses e a produtora musical chegou e me disse que eles estavam meio entediados. Então tivemos a ideia de fazer um show. Pra poucas pessoas, produtores, equipe, alguns familiares. Ainda estávamos na pandemia, então tudo era mais trabalhoso. Todos tinham que fazer testes, usar máscaras o tempo todo. Mas sentimos que valia a pena. Aí falamos pra eles, olha vocês vão fazer um show para uma plateia. Eles ficaram ansiosos e animados, acho que isso deu um gás neles, uma injeção de energia. Eles prepararam tudo sozinhos, como uma banda de verdade mesmo. Escolheram o set list, o figurino, ensaiaram, e, quando subiram ao palco, eles arrasaram. Deixaram todo mundo boquiaberto. Foi um super show.”

Taylor Jenkins Reid

Scott: “Foi incrível, naquele momento eu pensei, ‘nossa a série vai dar certo’. Risos. Mas foi muito bacana. Eles superaram todas as expectativas e, acho, que para eles também foi importante ver como estavam preparados de verdade. Deu mais segurança. E vou dizer que esse elenco é muito especial. Eles ainda mantêm contato com a gente, mandam mensagem dizendo que estão com saudades. Isso não é comum. Geralmente, quando terminamos um trabalho, cada um segue seu caminho. Mas nesse caso foi diferente. Todos são amigos de verdade. Raro ter essa química perfeita, em um grupo tão grande como o de DJATS. E não só o elenco, todo mundo que participou desse projeto guarda com carinho a experiência. Esse é um daqueles trabalhos que a gente vai lembrar e se orgulhar pra sempre de ter participado.”

Foi meio surreal pra mim ter assistido a finale de “Daisy Jones & The Six” no cinema e, na primeira fila, ter ficado frente a frente com os produtores, diretoras e a Taylor, e os ver falando sobre suas experiências com essa minissérie que assisto sem parar desde março. (Sim, ainda vejo direto!). Mas, esse foi mais um daqueles dias em que a realidade foi melhor que o sonho. Minha ficha demorou a cair, mas quando percebi que a minha manifestação deu certo, fiquei energizada pra continuar investindo nas minhas obsessões seriáticas. Obrigada DJATS & Amazon pelo presente pro meu coração viciado em seriado!

 

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