Eu jurava que este seria o último post do diário da viagem de navio que fiz no réveillon, mas, como tinha muito material, o diário ganhou alguns capítulos extras.
Afinal, Ensenada, no México, e Catalina, na Califórnia, as duas paradas do Cruzeiro Radiance, da Carnival, merecem um destaque especial.



Depois de celebrar a virada em alto-mar, chegamos em Ensenada, a primeira terra firme que pisei em 2025. A cidade é conhecida por suas vinícolas e se tornou destino de veraneio dos estadunidenses, entre 1920 e 1933, período quando foi banida a produção e venda de bebidas alcoólicas no país. Nessa época, celebridades e a classe privilegiada passaram a frequentar Ensenada, onde podiam comprar e consumir bebidas alcoólicas livremente. Mas décadas seguintes, o turismo explodiu e Ensenada passou a fazer parte dos roteiros dos cruzeiros, o que foi bom para a economia local e tornando o porto de Ensenada o segundo maior porto do México. O turismo, assim como a pesca e a agricultura são os alicerces da economia local. Vale destacar que, a cidade, que tem várias universidades, é um importante centro de biotecnologia e abriga inúmeras instituições de pesquisa, como o Centro de Pesquisa Científica de Ensenada.









Eu nunca tinha ido em Ensenada e comprei uma excursão oferecida pela Carnival, pois achei mais seguro, já que era a minha primeira vez na cidade e eu estava sozinha. O passeio incluiu um tour de ônibus com guia, que nos contou a história da cidade, enquanto fazíamos um passeio pelo centro, que é próximo ao porto. Meu pacote também incluiu uma degustação de tequila, que fizemos em um restaurante do centro.








A degustação de mezcal e uma aula de culinária, fizemos em um área que pertence às empresas de cruzeiro, no bairro mais distante, onde ficam as vinícolas.
No local, um artesão fazia pinturas de porcelana sem usar pincéis, apenas com os dedos. Um artista fantástico. Eu não resisti e comprei uma de suas obras.
Foi divertido e educativo, já que graças ao simpático guia, eu aprendi um pouco da história da cidade, além de experimentar (e aprender a fazer) comidinhas mexicanas com quem sabe de verdade. Agora também aprendi a diferenciar melhor a tequila do mezcal.
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vvvvv | A tequila é mezcal, mas mezcal não é tequila. Ambos vem do agave (que não é cacto, embora seja conhecido como tal). A tequila é feita com agave azul e só é produzida no México. Já o mezcal pode ser feito com mais de 30 agaves e é produzido em outras localidades. |
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Também tive tempo livre para saborear o churros mais famoso do local (diferente do nosso, o churros mexicano não é recheado com doce de leite, mas é uma delicinha), dar uma volta na praça histórica, e comprar souvenirs nas lojas da rua principal, que combinam a 25 de Março e a Rua da Alfândega (aqueles que conhecem as populares ruas de São Paulo e do Rio vão ter uma ideia da vibe da área).
Agora, confesso que, em um próxima visita, eu faria um passeio por minha conta, ou com guias locais, desvinculado do navio, para visitar os pontos que vão além do script, os menos turísticos, favoritos dos moradores da cidade.
Para a primeira vez, a excursão da Carnival (que custou em torno de US$100, aproximadamente R$570), com um grupo de aproximadamente 25 pessoas, até que serviu bem.
Sem contar que me senti em casa, com o hotel/restaurante que me lembrou minha terra natal, a “Bahia de Todos os Santos”, bem representada na “Bahia de Ensenada”.



Energia perfeita pra começar o ano com o pé direito!
Viva o México!


