Precisamos falar sobre Billie Eilish

Por: Mariana Machado

A cantora americana de 19 anos roubou meu coração e vai roubar o seu também

Eu sei, já tem um bom tempo que muita gente fala sobre ela. Porém, diferente da maioria, eu peguei esse bonde andando, mas tô aqui me esforçando pra sentar na janelinha. Tem mais ou menos um mês que eu estou cultivando essa admiração gigantesca por Billie Eilish e agora chegou a hora de pregar a palavra e colocar essa artista maravilhosa na vida de vocês também. Vem comigo e segue o fio!

Minha história com Billie Eilish começou na metade de 2019. Conheci a cantora no spinning. Sim, isso mesmo, mas eu deixa eu contextualizar. Caso você não conheça, spinning é, de forma simples e direta, andar de bike dentro de uma sala. Mas sabe qual é a grande sacada? Essa sala geralmente tem uma luz baixa e você pedala ouvindo as melhores músicas do mundo! Sabe por que? Pra pedalar na batida! Imaginou a vibe? Pois muito que bem, um belo dia lá estava eu na minha aula de spinning e eis que começa “White shirt now red, my bloody nose sleepin’…”, foi aí que tudo aconteceu!

Mentira, não foi não! Mas foi esse o dia em que eu escutei Billie Eilish pela primeira vez. E óbvio, não fui só eu que escutei Bad Guy. A música foi o quinto single do álbum de estreia da Billie, “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”, e ficou por longas semanas no topo das paradas. Ah, também preciso ser sincera aqui: por semanas eu escutei essa música sem fazer a menor ideia de quem cantava e, quando eu descobri… Nada além de um “hm, legal”.

Como rata de internet que sou, é praticamente impossível não ser atingida pelas notícias da cultura pop e nesse caso não foi diferente. Em 2019, a Billie fez um sucesso absurdo com o álbum de estreia e eu, obviamente, sempre via ela aqui e ali, mas pra mim ela era “a menina do cabelo verde”. Nem os vários prêmios Grammy me comoveram. Honestamente? Na época, eu achava que seria uma daquelas artistas de carreira curta: vem, faz sucesso, leva todos os prêmios do ano, e depois desaparece. Que bom que eu estava errada!

Os anos foram passando, eu já sabia quem era Billie Eilish, ouvia algumas músicas, sabia que ela bombava nas premiações, mas nunca tinha parado pra realmente entender quem ela era. Nesse ano, pós alienação do BBB, eu me situei no mundo e eis que me deparei com o documentário da Billie. Foi aí que surgiu o interesse! Eu sou simplesmente APAIXONADA por documentários! Nada me prende mais do que uma boa história de bastidores, um “como aconteceu”, curiosidades, fatos até então omitidos, enfim, a verdade é que eu amo saber o que até então ninguém sabia. Mas como nada nessa vida é simples assim (nesse caso até era, mas queria inserir um drama no texto), tinha um porém: o doc foi lançado na Apple TV+ e eu não tinha o streaming. Ok, guardei a info na minha cabeça e segui a vida.

Corta para julho desse ano: Globoplay anunciou 3 meses de Apple TV+ gratuitos para os assinantes. Como a gente diz no Rio Grande do Sul, “cavalo dado não se olha os dentes”, então eu obviamente aproveitei o mimo pois era chegado o meu momento! Eu fui com expectativas, mas sem pesquisar muito sobre o doc, e WOW! Um dos melhores docs que eu já assisti e, ainda que eu não seja uma crítica, minha opinião importa sim, ok? Hahaha! Primeiro de tudo que eu fiquei chocada com a duração do doc: 2h20, um doczão! Vocês têm noção de quantos filmes passam de 1h se arrastando? Pois então! Logo de cara já apareceram imagens de arquivo pessoal, aquelas filmagens caseiras, e aí eu já estava completamente entregue!

Eu quero, de verdade, que outras pessoas possam ter a mesma experiência que eu tive, então não vou dar spoilers, só exaltar a história da Billie Eilish mesmo. Uma das coisas que mais me chamou a atenção é o quão “pé no chão” ela é. A família dela é parte ativa da carreira, além do irmão, Finneas O’Connell (sim, você já viu essa carinha na TV), ser o produtor da Billie, os pais são parte da equipe e acompanham ela em tudo. Como se já não fosse o suficiente, a maior prova de que ela faz música porque gosta e se diverte: o álbum de estreia foi gravado na casa em que ela sempre morou, em Los Angeles, no quarto do irmão. Por que choram, jovens estrelas que se acham donas do mundo? Billie Eilish sabe bem quais são as suas raízes e quem ela é! Algo, infelizmente, cada vez mais raro no entretenimento.

Eu poderia entrar em vários detalhes e momentos especiais mostrados no doc, mas quero destacar só mais dois: o namoro com o rapper Brandon Quention Adams, conhecido como Q, e a relação com Justin Bieber. Calma, uma coisa nada tem a ver com outra, mas mais pra frente vai fazer sentido. Continuando… Sobre o primeiro assunto: Billie não perdeu, se livrou! Que coisa desconfortável de assistir a menina vivendo por ele e super preocupada e o cara literalmente fazendo zero questão. Pra exemplificar melhor: já pensou você se apresentar pela primeira vez no Coachella, um dos maiores festivais de música do mundo, e no final do seu show o seu namorado não aparecer nem pra dar um tapinha nas costas? Pois é, era nesse nível a coisa, passada chocada! Mas vamos falar de coisa boa: Justin Bieber. Billie, eu te entendo! É muito bacana de ver o lado fã da cantora, simplesmente porque ela é obcecada pelo JB, o primeiro grande amor da vida dela. O documentário mostra a primeira vez que ele falou com ela por DM e o momento em que eles se conheceram. Não vou negar, chorei nas duas vezes em que assisti o doc.

Bom, com vocês podem perceber, eu fiquei emocionada assistindo esse documentário, mas eu ainda estava me situando no mundinho Billie Eilish. Comecei a seguir (sim, eu não seguia Billie Eilish), pesquisei uma coisa ou outra no Google, ouvi o primeiro álbum, assisti alguns clipes e eis que algumas semanas depois… NOVO ÁLBUM! E foi aí que, de uma vez por todas, Billie Eilish roubou o meu coração! Desde o dia 30 de julho eu, literalmente, durmo e acordo ouvindo Happier Than Ever. Eu simplesmente não sei colocar em palavras o que rolou nesse álbum. PER-FEI-TO! Sério, se coloquem no meu lugar: eu recém tinha pego o bonde, tava me situando e aí a gata lança um álbum que simplesmente entregou tudo! Como que eu não vou me apaixonar?

Mas aí, olha só como a vida é, eu escutei o álbum pela primeira vez e já peguei várias referências de coisas que tinha visto no doc. Aqui cabe uma curiosidade sobre Billie Eilish: todas as músicas dela são escritas por ela e pelo irmão e, na minha humilde opinião, bem fiéis às experiências da Billie. Pra não me prolongar (ainda mais), sugiro um vídeo que explica absolutamente tudo sobre o álbum: Foquinha FBI: Nova Era Billie Eilish, e aí vou comentar só sobre a minha favorita e que leva o mesmo nome do álbum, Happier Than Ever. Seu pudesse resumir, eu diria que: se julgar pelo começo, vai perder o final! Eu não entendo nada de letra e melodia, mas entendo de música que faz a gente querer curtir um show junto com a multidão e, meus amigos, é ela! Como se não bastasse a virada sensacional (olha ela, a entendida do assunto) que a música dá, a letra ainda tem claras (in)diretas ao antigo relacionamento da Billie o que, pra mim, torna tudo ainda melhor porque né, “I could talk about every time that you showed up on time, but I’d have an empty line ‘cause you never did”. Ai! Eu sofro e canto intensamente!

Eu já tô tão envolvida no mundinho que tô criando teorias e fanfics, inclusive vou deixar uma aqui pra vocês! Como eu aprendi nessas minhas pesquisas, Billie Eilish tem uma relação muito especial com o Brasil, o Billie Eilish Brasil foi a PRIMEIRA fonte criada por fãs sobre a cantora. A gente sabe que, no geral, os fãs brasileiros costumam ser os mais apaixonados, mas vocês entendem o tamanho disso? O Brasil literalmente chegou na vida da Billie quando tudo era mato! Pois muito que bem, Billie chegou a anunciar dois show no Brasil, pra maio de 2020, mas a gente sabe bem o que aconteceu. Recentemente, a cantora anunciou a “Happier Than Ever World Tour”, que inicia no dia 3 de fevereiro, nos Estados Unidos, e “encerra” no dia 2 de julho, na Suíça. Por que essas aspas? A tour anterior “Where Do We Go Now?”, interrompida pela pandemia, também passaria pela América Latina e Ásia, então eu aposto forte em uma “parte 2” da Happier Then Ever World Tour. Mas onde eu quero chegar com tudo isso? Profetizo e lanço aqui a minha aposta: Billie Eilish no Rock In Rio 2022! E ainda digo mais: com direito a momento no palco com Justin Bieber. Pronto, falei!

Até que esse dia chegue, a gente fica aqui ouvindo os álbuns no repeat e esperando o show especial, gravado no Hollywood Bowl, que estreia no dia 3 setembro no Disney +: Happier Than Ever – A Love Letter To Los Angeles. Pra encerrar, deixo uma pergunta: dito tudo isso, ainda existe alguma possibilidade de Billie Eilish não roubar o seu coração?

 

Mariana Machado:
“Oi! Muito prazer! Me chamo Mariana, mas como somos amigos, pode me chamar de Mari! Tenho 25 anos, sou gaúcha, mas hoje a minha casinha é em São Paulo-SP. Sou Jornalista de formação e, ao mesmo tempo que isso não diz nada sobre mim, também diz tudo! “Nada” porque eu sempre soube que não seguiria na área, “tudo” porque a Comunicação sempre foi uma das minhas grandes paixões. Amo longas conversas, uma tacinha de vinho, comidas gostosas, dias de sol e mar, a companhia dos amigos, conhecer cantinhos desse mundão, e toda e qualquer coisa com a qual a vida me presentear!”

 

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